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Thor Batista chega a audiência no Rio para depor sobre morte de ciclista

Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, e sua mãe, a modelo Luma de Oliveira, chegam na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias - Nicson Olivier/Futura Press
Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, e sua mãe, a modelo Luma de Oliveira, chegam na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias Imagem: Nicson Olivier/Futura Press

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

25/04/2013 14h13

Thor Batista, filho do bilionário Eike Batista, chegou acompanhado da mãe, Luma de Oliveira, à 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias (Baixada Fluminense) por volta de 12h45 desta quinta-feira (25), para ser interrogado no processo em que é acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar), por ter atropelado - e matado - o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, 30.

Três advogados o acompanham na audiência. Segundo informações do Fórum, a audiência de instrução e julgamento deve durar cerca de uma hora. Se condenado, Thor pode pegar de dois a quatro anos de prisão. O acidente ocorreu na rodovia Washington Luís (BR-040), na noite de 17 de março de 2012.

No último dia 12 de março, Thor faltou à audiência na Justiça. Na ocasião, seus advogados afirmaram que o jovem necessitava de repouso, pois estaria com sinusite e febre. Foi apresentado um atestado médico, assinado por um cardiologista, que dizia que Thor apresentava "quadro de cefaleia frontal e epicranena, agravada com a movimentação da cabeça, dor a digitopressão dos seios maxilares, febre de 38,5º C, vertigem e náusea".

Ainda naquele dia, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza negou pedido da defesa do rapaz para anular o processo. Os advogados alegaram que a denúncia do Ministério Público foi baseada no laudo do perito da Polícia Civil Hélio Martins Júnior, que atestou que Thor dirigia a 135 km/h no momento do atropelamento. A velocidade máxima permitida no trecho onde ocorreu o atropelamento é de 110 km/h.

O documento, entretanto, foi descartado como prova pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, em 21 de fevereiro. Na ocasião, os desembargadores acolheram os argumentos dos advogados de Thor, e entenderam que houve cerceamento de defesa. Os defensores disseram que o laudo que incriminava o jovem foi acostado aos autos apenas na audiência de 13 de dezembro de 2012 (e não no momento do oferecimento da denúncia), e que o perito teve contato direto com o promotor do caso.

Um segundo laudo foi feito pela Polícia Civil do Rio. Divulgado no último dia 9 de abril, o documento atestou que a velocidade do veículo de Thor, uma Mercedes Benz SLR McLaren, estava entre 100 km/h e 115 km/h no momento da colisão. (Com Estadão Conteúdo)