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Invalidez por acidentes no trânsito aumenta 30% em 2013

Casal sofre grave acidente na rodovia MG- 190, em Uberaba (MG) - L.Adolfo/Estadão Conteúdo
Casal sofre grave acidente na rodovia MG- 190, em Uberaba (MG) Imagem: L.Adolfo/Estadão Conteúdo

Rogério Barbosa

Do UOL, em São Paulo

05/06/2013 12h50

O número de pessoas que ficaram permanentemente inválidas depois de sofrerem algum tipo de acidente no trânsito brasileiro cresceu 30% no primeiro trimestre de 2013, em comparação com o mesmo período de 2012.

Os dados são de um levantamento realizado pela Seguradora Líder, administradora do Dpvat (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), popularmente conhecido como "Seguro Obrigatório".

Sete em cada dez indenizações pagas pelo Dpvat são por invalidez. Com o crescimento registrado nos três primeiros meses deste ano, a quantidade de pagamentos chegou a 85 mil indenizações. No mesmo período do ano passado, havia sido 64 mil.

Ainda de acordo com um levantamento, a quantidade de indenizações pagas por invalidez chega a ser três vezes maior do que aquelas pagas para reembolso de gastos com medicamentos e despesas hospitalares.

DICAS SOBRE O DPVAT

  • Qualquer pessoa que se envolva em acidentes envolvendo veículos automotores tem direito ao benefício
  • Os benefícios são de R$ 13.500,00 (caso de morte ou invalidez); e R$ 2.700 (reembolso de despesas médicas)
  • O prazo para solicitar o benefício é de três anos após o acidente
  • O prazo para pagamento é de 30 dias
  • Pode ser solicitado diretamente pelo beneficiário
  • O DPVAT disponibiliza um telefone gratuito para informações: 0800 022 12 04 (atendimento 24 horas)
  • A partir do dia 10 de junho, todas as agências dos Correios farão atendimento do DPVAT

A maior parte das pessoas que ficam inválidas são as que utilizam motocicletas. Sessenta e cinco por cento das indenizações são pagas a motociclistas.

A assessora de assuntos institucionais da Seguradora Líder, Ângela Amparo, informou que esta concentração em torno dos motociclistas se dá pela falta do uso de equipamentos de segurança e pelas próprias características do veículo.

“Uma simples queda de motocicleta já é capaz de acarretar muitos danos aos ocupantes”, diz Ângela.  Treze por cento das pessoas que ficaram inválidas eram pedestres que se envolveram em acidentes com veículos, como atropelamentos.

O Dpvat registrou queda de 1% das indenizações pagas por morte no trânsito. No primeiro trimestre, foram registrados 15 mil pagamentos de seguro em virtude de morte no trânsito.