PM libera prédio na Esplanada após investigar denúncia de bomba
Após ser evacuado na manhã de hoje (21) em razão de suspeita de bomba, foi liberado agora há pouco o prédio onde funcionam os ministérios da Cultura e do Meio Ambiente. De acordo com o tenente André Hydeki Nogueira, do Batalhão de Policiamento com Cães da Polícia Militar, nenhum artefato explosivo foi encontrado no local pela equipe do esquadrão antibombas da corporação.
Dia de 20/jun
Ele informou que o trabalho de varredura, que contou com o reforço de cães farejadores, nos nove andares do edifício foi concluído em cerca de duas horas e meia.
"Não foi encontrado nenhum material que possa oferecer riscos aos funcionários. Seguimos o protocolo e primeiro foram usados cães para detectar a presença de explosivos. Em seguida, o esquadrão antibombas entrou em ação, com equipamentos específicos, para verificar se havia substância explosiva e nada foi encontrado", explicou.
O tenente informou que a polícia recebeu a denúncia por meio de uma ligação anônima feita de um orelhão em Ceilândia, região do entorno de Brasília. Ele ressaltou que o caso será investigado e evitou associá-lo às manifestações de ontem.
"Não posso afirmar se há ligação [com as manifestações], mas posso dizer que o trote será investigado. Foi deslocado um aparato muito grande [por causa da suspeita]", acrescentou.
A agente administrativa do Ministério do Meio Ambiente Maria d'Alva Araújo lamentou a manhã de trabalho perdida em razão da falsa denúncia.
"Tanto trabalho na mesa e em casa e a gente preso aqui, do lado de fora, sem poder fazer nada. Agora é correr para tentar recuperar o prejuízo", disse, logo depois do prédio ter sido liberado.
Depredação na Esplanada
O ministério fica na Esplanada dos Ministérios, área que concentrou os protestos nesta quinta-feira e que foi depredada ao final da manifestação.
A manifestação de ontem, que reuniu 30 mil pessoas, foi a maior entre as cinco da última semana.
O protesto foi marcado por alguns atos de vandalismo, como a depredação do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, que contrastaram com o clima de calmaria da maioria dos ativistas.
Antes de invadir o Itamaraty, os ativistas já tinham tentado entrar no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, mas as sedes do Legislativo e do Executivo estavam protegidas por um cordão de isolamento da Polícia Militar.
Com o aumento do vandalismo, a PM começou a atirar bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Alguns manifestantes "retribuíam" jogando pedras sobre os policiais.
O efeito da dispersão foi a subida dos manifestantes pela Esplanada. Ao longo da avenida, vários sinais de vandalismo.
Os manifestantes fizeram uma fogueira no gramado -- e impediram que os bombeiros a apagassem.
O prédio do Ministério da Saúde foi pichado com frases como "chega de ilusão", "cadê a educação" e "respeite o povo". Os prédios dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente também tiveram pichações.
OS PROTESTOS EM IMAGENS (Clique na foto para ampliar)
Manifestante tenta invadir a sede da Prefeitura de São Paulo, na região central da cidade
Carro de TV Record é incendiado em frente à Prefeitura de São Paulo durante protestos
Manifestante corre ao lado de estabelecimento comercial em chamas no centro de São Paulo
PM espirra spray de pimenta em manifestante durante protesto no Rio
Em Brasília, manifestantes conseguiram invadir a área externa do Congresso Nacional
Milhares de manifestantes tomam a avenida Faria Lima, em SP
Após protesto calmo em SP, grupo tenta invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo
Manifestantes tentam invadir o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio
Um carro que estava estacionado em uma rua do centro do Rio foi virado e incendiado
Cláudia Romualdo, comandante do policiamento de Belo Horizonte, posa com manifestantes
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