Por segurança, Justiça transfere suspeitos de incendiarem pedágio em Cosmópolis (SP) para cidade vizinha

Por questões de segurança, a Justiça de Cosmópolis (138 km de São Paulo) decidiu transferir na manhã desta sexta-feira (5) para o município de Artur Nogueira (148 km de SP) os dois suspeitos de depredarem e incendiarem a praça de pedágio da rodovia Zeferino Vaz (SP-332) detidos na noite dessa quinta-feira (4). Eles devem prestar depoimento ainda nesta sexta.

Bruno César Zainum e Renan Aiyslan de Jesus, ambos de 22 anos, foram identificados pelas câmeras de segurança instaladas na estrada. Com isso, a juíza Maria Tereza Nogueira Pinto decretou prisão temporária de cinco dias aos dois jovens, que acabaram detidos.

Outras três pessoas foram identificadas pelas câmeras de segurança e devem ser detidos nos próximos dias. A juíza já expediu mandados de prisão contra o trio. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Transporte de Cosmópolis, a decisão de transferir os dois presos foi tomada em conjunto.

A juíza e o delegado Fernando Periolo afirmaram que ela [a decisão] foi necessária por questões de segurança e para manter a integridade física dos suspeitos, uma vez que um grupo de moradores já fazia tumulto em frente à delegacia de Cosmópolis.

Protesto

Na manhã da última quarta-feira (3), os manifestantes atearam fogo nas oito cabines de pedágio da rodovia durante um protesto contra a tarifa de R$ 6,20 para carros. A Polícia Militar Rodoviária usou bombas de efeito moral para tentar conter as depredações. Dois ônibus também foram queimados durante a manifestação.

Cerca de 200 pessoas participaram da manifestação no quilômetro 135 da rodovia. Em seguida, parte do grupo foi para o centro de Cosmópolis, onde vidros da Prefeitura foram quebrados. O comércio fechou mais cedo. Houve confronto entre manifestantes e policiais chamados para dispersar os manifestantes.

O comércio, a Prefeitura de Cosmópolis e a Rota das Bandeiras, concessionária responsável pela rodovia, ainda contabilizam os prejuízos causados pelo protesto de quarta-feira.  A concessionária, além dos gastos com consertos das cabines e da sinalização da estrada, está sem cobrar pedágio até esta sexta-feira (5).  Diariamente, circulam pela praça destruída cerca de 18 mil veículos.