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Sindicato dos motoristas de ônibus de SP suspende eleição após tiroteio

Segurança é socorrido após ser ferido durante tiroteio no Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, no centro da cidade - Marcos Bezerra/Futura Press
Segurança é socorrido após ser ferido durante tiroteio no Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, no centro da cidade Imagem: Marcos Bezerra/Futura Press

Do UOL, em São Paulo

11/07/2013 01h34

O Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) anunciou na noite desta quarta-feira (10) a suspensão por uma semana da eleição da entidade após um tiroteio na sede deixar oito feridos - entre eles, três baleados, um em estado grave. A eleição aconteceria à 0h desta quinta (11).

A decisão acontece por orientação do Comando da Polícia Militar e “para evitar novo confronto”, segundo comunicado divulgado pelo Sindmotoristas.

Tiroteio deixa feridos

Ao menos três pessoas foram baleadas na sede do Sindmotoristas durante confronto entre sindicalistas da situação e da oposição na noite desta quarta-feira, segundo informações do sindicato.

A confusão teria começado depois que pessoas que organizam a eleição para a presidência da entidade foram até o local, na rua Vergueiro, área central da cidade, para recolher as urnas que seriam usadas no pleito e distribuí-las pelas garagens de ônibus. 

O tumulto só terminou com a chegada da polícia, que usou bombas de efeito moral.

Sindicato vê tentativa de sabotagem

A Sindmotoristas defende que o episódio foi um ataque da ala da oposição. “Não há dúvida de que [o tiroteio] é uma forma de sabotar as eleições", disse a assessoria do sindicato ao UOL.

A chapa de oposição da entidade é ligada à UGT (União Geral dos Trabalhadores). A ala de situação é vinculada à Nova Central Sindical e tem em sua chapa nomes também da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

O UOL tentou entrar em contato com a UGT para ela comentar a declaração, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.

Conflitos mataram 16 pessoas em 20 anos

A briga pelo poder no sindicato dos condutores, categoria que reúne cerca de 37 mil trabalhadores, já resultou na morte de ao menos 16 pessoas em 20 anos, segundo investigação do Ministério Público, cita reportagem da Folha de S.Paulo.

Em 2003, 18 integrantes da diretoria chegaram a ser presos sob a acusação de crimes como enriquecimento ilícito e formação de quadrilha, que eles negam. Os dois sindicalistas que disputam agora a eleição para presidir a entidade, Isao Hosogi e José Valdevan de Jesus, eram aliados e estavam entre os detidos.

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