Megajulgamento de membros de facção criminosa segue em ritmo lento em SC
Uma pessoa foi ouvida desde o começo da manhã até as 16h, no segundo dia do maior julgamento da história de Santa Catarina, contra os 98 suspeitos de integrar a facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense), nesta terça-feira (10).
O tribunal improvisado está reunido no presídio de Canhanduba, em Itajaí (100 km de Florianópolis). Os advogados calculam que os trabalhos podem exceder a data prevista de 18 de setembro.
O PGC é acusado pelo Ministério Público de SC de comandar de dentro das cadeias ataques incendiários a ônibus e prédios públicos em novembro de 2012 (58 ataques em 16 cidades) e de fevereiro deste ano (114 em 37 cidades).
Os réus estão divididos em 55 presos, 16 em liberdade, seis foragidos e 23 à distância, ouvidos por teleconferência desde cadeias federais fora do Estado.
Segundo o promotor Flávio Souza, os réus são acusados de formação de quadrilha e narcotráfico. As penas para os condenados podem variar de 2 a 10 anos.
Os problemas de acomodações próprias para os 50 advogados que levaram à suspensão da sessão de segunda-feira (9) foram resolvidos durante a noite.
Funcionários do governo desmontaram o auditório do Deap (Departamento de Administração Prisional), levando as poltronas para Itajaí. Mesas funcionais iguais à da magistrada foram cedidas aos advogados.
A segurança continua forte no complexo penitenciário. Como o processo corre em segredo, somente as pessoas com alguma participação podem entrar.
A juíza Jussara Schitler dos Santos Wandscheer preside os trabalhos. Os advogados pediram à magistrada a participação de jornalistas nas galerias, mas o pedido não foi analisado.
O julgamento ainda está na fase de instrução. O primeiro ouvido de segunda, delegado Procópio Batista, continuou sendo ouvido nesta terça (10) até a hora do almoço --os trabalhos foram suspensos às 12h30 e retomados às 14h30.
Batista explicou a estrutura e o funcionamento do PGC. Ele fala dentro de um cubículo isolado, dada a severidade das medidas de segurança.
Outro processo
Em Joinville (190 km de Florianópolis), um processo paralelo contra o PGC terminou nesta terça, com a condenação de sete pessoas a penas de prisão que somam 78 anos.
Houve uma coincidência de datas entre o megajulgamento de Itajai e o conduzido pela 2ª Vara Criminal de Joinville. Foi a primeira condenação do PGC, pelos ataques incendiários nos dia 1,2 e 3 de fevereiro, contra cinco ônibus do transporte coletivo.
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