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Funcionário do Procon-DF é preso após fraude com cartão de crédito de idosa

Edgard Matsuki

Do UOL, em Brasília

12/09/2013 15h56

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na última terça-feira (10), um funcionário do Procon-DF acusado de estelionato. A polícia aponta que Felipe Masson Loureiro, que ocupava um cargo comissionado há um ano na agência do Guará (cidade-satélite do DF), teria usado dados do cartão de crédito de uma mulher de 63 anos para comprar R$ 370 em suplementos alimentares.

De acordo com o delegado da 4ª DP do Guará, Rodrigo Larizzati, o funcionário do Procon se utilizou de cópias dos documentos da vítima para efetuar a compra. “A vítima foi ao Procon para fazer uma reclamação e foi atendida por Loureiro. Ele pegou todos os dados pessoais dela, inclusive cópias do cartão de crédito, e tentou fazer uma compra pela internet”, diz.

A sorte dela, que havia ido ao Procon justamente reclamar da operadora de cartão de crédito, é que recebeu um SMS avisando que uma compra havia sido feita. Após o fato, ela registrou queixa na delegacia. A prisão pôde ser efetuada porque Loureiro deu o endereço de sua própria residência para receber as compras.

O delegado diz que mais casos de estelionato envolvendo o acusado estão sendo investigados. Um deles é relativo à compra de um smartphone por R$ 2.730 usando dados de um consumidor que foi ao Procon em junho. Larizzati ressaltou a importância da denúncia: “A prisão em flagrante só pôde ser efetuada graças à denúncia da vítima no caso. Isso não foi feito em junho”.

Loureiro foi encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda nesta quarta-feira (11), onde segue preso. Como é réu primário, pode tentar entrar com pedido para habeas corpus. Se condenado, o acusado pode pegar até cinco anos de prisão pelo crime de estelionato.  

Em nota oficial, o Procon do Distrito Federal afirmou que exonerou (afastou) Loureiro e que “vai abrir processo administrativo para a aplicação de possíveis penalidades”. A entidade ainda afirmou que buscará combater irregularidades que, eventualmente, possam ter ocorrido enquanto ele trabalhava na instituição.