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Sete presos em protesto de sexta-feira são transferidos para penitenciária em SP

Do UOL, em São Paulo

29/10/2013 18h02

Os sete manifestantes presos durante o protesto na última sexta-feira (25) na região central de São Paulo foram transferidos nesta terça-feira (29) da carceragem do 2º DP (Bom Retiro) para o CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na zona leste da capital, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública.

Entre os presos está o estudante e comerciário Paulo Henrique Santiago dos Santos, 22, indiciado por tentativa de homicídio, formação de quadrilha, roubo e lesão corporal. Segundo a Polícia Civil, ele foi um dos agressores do coronel Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento do centro, durante a manifestação.

De acordo com o advogado de Paulo, o estudante não teve participação nas agressões, embora estivesse próximo ao grupo de agressores. Um grupo de amigos do estudante divulgou uma carta em defesa dele.

Os outros seis detidos foram indiciados por dano qualificado e formação de quadrilha, que é crime inafiançável. São eles: Ricardo Lima Cintra, 20; Carlos Augusto dos Reis Dantas, 18; Caio Rodrigo de Andrade, 19; Everton Ramirez, 23; Ales Fernando Santos de Oliveira, 19; e Guilherme Moretti de Souza, 19.

Ao todo, 92 pessoas foram detidas durante o protesto de sexta-feira, convocado pelo MPL (Movimento Passe Livre). Com exceção dos sete que foram transferidos para o CDP, todos os demais foram liberados.

O coronel precisou ser hospitalizado por conta de fratura na clavícula e ferimentos no rosto e na cabeça e teve uma pistola calibre .40 e um rádio comunicador roubados --o rádio foi recuperado no sábado (26), segundo a SSP (Secretaria de segurança Pública) de São Paulo.

Saldo da destruição

Além do coronel, segundo nota da PM, um auxiliar dele, soldado da PM, também ficou ferido. Na nota, a PM também atribuiu ao movimento dos black blocks ações de vandalismo e roubos no terminal Dom Pedro em outros pontos da área central.

"Quebraram orelhões, extintores, catracas, 15 caixas eletrônicos, bilheterias, banheiros, quiosques, picharam as colunas do terminal, depredaram vários ônibus e instalações. Também atearam fogo em cones e alguns mascarados roubaram cerca de R$ 1.500 de uma cabine do terminal", diz o texto.

Ainda de acordo com a PM, não faltaram ações também na região de comércio popular da rua 25 de Março, onde "portas de todas as lojas foram amassadas na Ladeira General Carneiro com Praça Manoel da Nóbrega, a Loja Ibis teve os vidros quebrados e paredes pichadas. Diversos bancos como Santander, HDBC, Bradesco, Itaú e Safra, além da Defensoria Pública e Edifício Cidades também tiveram os vidros quebrados".

Já na rua Álvares Penteado, também no centro, conforme a PM, os integrantes do movimento "quebraram os vidros da Subprefeitura Sé e da loja Magazine Luiza. Na Rua Rangel Pestana, o Banco Santander também teve os vidros quebrados. A AES Eletropaulo, na rua Tabatinguera, foi toda pichada. Diversas lixeiras e orelhões da área central foram destruídos", completou a nota.