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Bairro boêmio do Rio, Lapa recebe programa para moradores de rua

A Polícia Militar reforça a segurança das ruas da Lapa desde o início de dezembro - Tânia Rêgo/Agência Brasil
A Polícia Militar reforça a segurança das ruas da Lapa desde o início de dezembro Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Da Agência Brasil, no Rio

06/01/2014 18h37

Moradores de rua dependentes de álcool e drogas que vivem na Lapa, bairro boêmio no centro da capital fluminense, começaram a receber nesta segunda-feira (6) atendimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social para combater o vício. O Programa Proximidade, que teve início em 2013, busca inserir na sociedade os dependentes químicos.

A primeira localidade a receber a iniciativa, no ano passado, foi o Parque União, comunidade no Complexo da Maré, na zona norte da cidade. Segundo a secretaria, 929 pessoas receberam atendimento, sendo 729 homens e 200 mulheres. Do total, 600 dependentes decidiram continuar o tratamento.

De acordo com o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Social, Adilson Pires, o programa está obtendo sucesso porque não impõe o tratamento ao dependente. “Nosso objetivo é estar presente onde está o usuário e ganhar a confiança dele. Com isso, em um momento de lucidez, o usuário terá a oportunidade de iniciar o tratamento”, disse Pires.

Sobre a internação compulsória dos usuários de crack no Parque União, no início do ano passado, Pires garantiu que não agirá mais dessa forma. "Não é a melhor forma de enfrentar o problema." Segundo ele, ficou comprovado com um programa desenvolvido no Parque União que a política acolhedora apoia o usuário na sua mudança. "Ele começa a enxergar a prefeitura como um parceiro para sua recuperação. É o grande diferencial”, ressaltou Pires.

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A iniciativa de atuar nos pontos de uso de drogas foi baseada em pesquisa do Ministério da Justiça e da Fundação Osvaldo Cruz. “Foi revelado que 80% dos usuários de crack querem deixar o vício, mas apenas 20% procuram ajuda. Os demais [60%] deixam de procurar tratamento por não saberem aonde ir ou com quem falar”, dissse o secretário.

Os dependentes assistidos pelos agentes sociais do município são incluídos na rede de proteção social da prefeitura, que comporta, entre outras ações, o acolhimento e o tratamento ambulatorial contra a dependência química.

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  • Reprodução/Facebook

    As áreas definidas como as mais perigosas pela Secretaria de Segurança são as ruas Joaquim Silva, que está próxima aos Arcos da Lapa e à Escadaria da Lapa (foto) --também conhecida como Escadaria Selarón--, Mem de Sá --onde há intensa movimentação em razão do grande número de bares e restaurantes, Lavradio e Gomes Freire, além dos acessos a Santa Teresa pela rua do Riachuelo