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Ativista depõe sobre suposta ajuda de Freixo a suspeito de ferir câmera

Imagens postadas por amigos nas redes sociais mostram o cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Ilídio Andrade, 49, trabalhando - Reprodução/Facebook
Imagens postadas por amigos nas redes sociais mostram o cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Ilídio Andrade, 49, trabalhando Imagem: Reprodução/Facebook

Do Estadão Conteúdo, no Rio

11/02/2014 16h04

A manifestante Elisa Quadros, conhecida como Sininho, chegou às 14h desta terça-feira (11) à 17ª Delegacia Policial, em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, para depor no procedimento aberto para investigar a suposta oferta por ela, em nome do deputado Marcelo Freixo (PSOL), ao advogado Jonas Tadeu Nunes, para auxiliá-lo na defesa do tatuador Fábio Raposo. Raposo, 22, foi preso no domingo (9) sob a acusação de ter repassado o rojão que, na quinta-feira (6), atingiu e causou a morte encefálica do cinegrafista Santiago Andrade.

PRINCIPAL SUSPEITO

  • Reprodução/TV Brasil

    Imagens da "TV Brasil" mostram um homem de camisa cinza e calça jeans correndo pela Central do Brasil. Para a Polícia Civil, ele foi o responsável por acender o rojão

A suposta oferta foi relatada pelo advogado no domingo. Segundo ele, seu estagiário Marcelo Matoso teria recebido uma ligação de Sininho. O estagiário repassou o telefone ao advogado, que afirmou que a manifestante disse que estava ligando em nome do parlamentar para lhe oferecer uma equipe de advogados para ajudar na defesa de Fábio Raposo.

O deputado negou ter qualquer relação com os dois manifestantes envolvidos na morte do cinegrafista. Freixo afirmou que vai pedir à Polícia Civil que apure a denúncia que o relaciona ao suspeito de ter atirado o rojão.

O delegado Mauricio Luciano disse, na segunda-feira (10), que Sininho seria intimada para depor nesta terça. A manifestante entrou na delegacia sozinha, sem falar com os jornalistas. Do lado de fora da delegacia, cinco pessoas que seriam ativistas --alguns da mídia alternativa, porém sem identificação-- aguardavam sua chegada.

Por volta das 13h, houve um princípio de bate-boca entre jornalistas e um deles, que estava fazendo foto dos profissionais de imprensa à distância. Um cinegrafista, então, começou a filmá-lo. O homem não gostou e perguntou o motivo de estar sendo filmado. Os profissionais então disseram que estavam fazendo o mesmo que ele e, após uma rápida discussão, a questão foi contornada. Por conta disso, o clima é tenso no local.

Veja o momento em que o cinegrafista é atingido por bomba