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Garis e Comlurb fazem reunião no TRT neste sábado

O comando da greve dos garis no Rio de Janeiro e representantes da Comlurb se reúnem no TRT-RJ Imagem: Gustavo Maia/UOL

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

08/03/2014 14h14Atualizada em 08/03/2014 15h29

O comando da greve dos garis no Rio de Janeiro e representantes da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) estão reunidos desde as 14h deste sábado (8) no TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro) para discutir os rumos da paralisação da categoria.

Participam da reunião, além de cerca de quatro garis grevistas, o presidente do TRT-RJ, Carlos Alberto Drummond; a vice-presidente do TRT-RJ, Maria das Graças Paranhos; a procuradora-regional do Trabalho, Débora da Silva Félix; o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz; o chefe da Casa Civil da Prefeitura do Rio, Pedro Paulo Teixeira; o procurador-geral do município, Fernando dos Santos Dionísio; o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Rio, Luciano David de Araújo e o vice-presidente do mesmo sindicato, Antonio Carlos da Silva.

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Bruno Lima, 28, que está há oito anos na Comlurb, conta que como esta reunião não estava prevista, os garis vão ouvir o que empresa tem a dizer. "Não decidiremos nada antes de falar com a nossa categoria. O ato de amanhã está mantido", falou.

Cerca de 300 garis fizeram um protesto que começou em frente a Central do Brasil, na avenida Presidente Vargas, centro do Rio de Janeiro, às 10h. Os trabalhadores da Comlurb, em greve desde o dia 1º, desta vez contaram também com o apoio dos professores da rede estadual de ensino na manifestação de hoje.

Profissionais ligados ao Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio) estão presentes. Eduardo Paparguerius, 54, professor de história, carregava uma placa que dizia "sou professor e vim aprender com os garis". "Eles estão dando uma lição de coragem. Pessoas humildes que ganham a vida com o suor do rosto enfrentando um poder avassalador. E nós sabemos como é difícil fazer greve neste governo", disse referindo-se a uma longa paralisação deflagrada pelos professores do Rio em 2013.

A reportagem do UOL viu pessoas ligadas ao PSTU entre os manifestantes, que se utilizam de faixas na cor laranja --mesma cor do uniforme da categoria-- e de um carro de som para chamar a atenção. A população que passa pelo local acena em apoio ao movimento. Também há estudantes presentes.

De acordo com a Polícia Militar, 78 policiais do 5º Batalhão e também do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos foram destacados para a segurança do protesto. O major responsável disse que eles estão lá para "dar garantia constitucional à manifestação".

Os garis estão convocando todos os presentes a participarem de outro ato marcado para as 10h deste domingo (9) em frente a estação Cardeal Arcoverde, em Copacabana.

Em greve desde o último sábado (1°), os garis da Comlurb têm feito manifestações todos os dias. Uma audiência de conciliação entre a companhia, sindicato e funcionários foi marcada para a próxima terça-feira (11), às 15h, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

Os garis exigem aumento salarial, pagamento de horas extras e reajuste do auxílio refeição, entre outras reivindicações. Pelo acordo coletivo anunciado na segunda-feira (3), os garis terão 9% de aumento salarial (o piso passará de R$ 802 para R$ 874), mais 40% de adicional de insalubridade. Segundo a Comlurb, com isso, o vencimento inicial passará a ser de R$ 1.224,70. Além do aumento salarial, o acordo garantiu mais 1,68% dentro do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, com progressão horizontal. Os garis, no entanto, consideram a proposta insatisfatória, já que pedem um piso salarial de R$ 1.200.

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