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SP: Justiça condena a 4 anos de prisão mulher que roubou bebê em shopping

04/06/2014 16h52

A Justiça de Santa Bárbara d´Oeste condenou a 4 anos e seis meses de prisão Ângela Nicoliche , acusada de roubar um bebê em um shopping da cidade em agosto de 2013. Ela foi acusada de dopar a mãe e fugir com a criança.

Além dela, Elisabete Nicolete e Aparecida Marta Nicolete, que a ajudaram a se esconder o recém-nascido, pegaram 3 anos de prisão cada. Cabe recurso, tanto para a condenada quanto para a acusação.

Como estão presas desde o crime, ocorrido em agosto do ano passado, todas receberam o direito à progressão para o regime semiaberto e só não deixarão a cadeia porque tiveram a prisão preventiva decretada em outro processo.

Elisabete e Aparecida foram enquadradas no artigo 237 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por subtrair criança ou adolescente com o fim de colocação em lar substituto.

Ângela foi condenada pelo mesmo delito, mas teve a pena agravada por planejar a ação. A condenação aconteceu em 22 de maio e a publicação foi feita nesta quarta-feira (4). A pena máxima para o delito, de acordo com o ECA, seria de seis anos.

Relembre o caso

Ãngela conheceu a mãe da criança, que tinha 15 anos à época do crime, durante a gravidez. Ela se fez passar por uma integrante de uma ONG (Organização Não Governamental) que amparava mães jovens e fez amizade com a família.

Após o nascimento, ela entrou em contato com a família e disse que iria levar a criança para uma consulta, além de pagar um lanche para a mãe. O encontro foi marcado no Tivoli Shopping, onde a avó do menino trabalhava.

Nesse momento, Ângela deu uma bebida batizada para a mãe do menino e roubou a criança no dia 20 de agosto de 2013. Na ocasião, o bebê, que nasceu com problemas cardíacos, tinha 23 dias de vida.

A condenação de Ângela foi possível porque a Polícia Civil teve acesso a imagens do sistema de segurança do shopping, que mostraram a sequestradora saindo do shopping com a criança.  Além disso, taxistas que transportaram a mulher e o bebê comunicaram à polícia o paradeiro dela.

A partir disso, investigações foram conduzidas e o menor foi encontrado dois dias depois, em uma casa de tarô na área central de Santa Bárbara. Sete pessoas estavam no local, sendo que três mulheres foram presas.

Família da criança esperava pena maior para a sequestradora

De acordo com Solange Barbosa, avó da criança, a família esperava uma pena maior e espera que Ângela seja condenada em outros processos, nos quais também é acusada de tentar roubar crianças.

"Esperávamos muito mais. Afinal, elas roubaram a criança, quase acabaram com a nossa vida. Quatro anos e seis meses é muito pouco para uma mulher que fez o que fez”, disse.

Solange disse ainda que espera que a Promotoria recorra da decisão. “Esperamos que ela seja presa e que seja condenada nos outros processos. E que fique muito tempo atrás das grades".

O advogado das condenadas, Rodrigo Rodrigues de Castro, não foi encontrado ontem para comentar o caso. O MP (Ministério Público) de Santa Bárbara também foi procurado, mas não se pronunciou sobre o caso.