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Racionamento de água em Valinhos (SP) agora atingirá toda a cidade

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas (SP)

23/06/2014 12h52

Após mais de quatro meses de racionamento, a Prefeitura de Valinhos (a 89 km de São Paulo) refez o esquema para que o rodízio atinja toda a cidade a partir desta segunda-feira (23).

Para isso, o Departamento de Água e Esgoto de Valinhos (Daev) reduziu de sete para cinco – incluindo a região central-- as áreas afetadas. A redução das áreas do rodízio foi necessária para melhorar as manobras de fechamento e abertura de registros, pois alguns pontos não estavam sendo afetados pelo corte, o que fazia com que alguns bairros não tivessem o fornecimento de água interrompido.

Segundo o órgão, o horário da interrupção no fornecimento permanece sem alterações -- das 10h às 4h do dia seguinte --, duas vezes por semana, com exceção da região central, que terá o fornecimento de água cortado apenas aos domingos.

A professora Nádia Dini, 32, mora na região central, que passará a ficar sem água aos domingos, e já planejou as mudanças em sua rotina. “Eu costumo lavar roupas no fim de semana e agora vou precisar mudar o dia, além de reservar um pouco de água para as louças e para usar no banheiro”, disse.

Segundo ela, apesar dos transtornos de ficar sem água, a medida deve trazer benefícios futuros. “Eu sempre busquei economizar água, mesmo antes dessa crise. Acho que a medida servirá para que as pessoas se habituem a economizar água sempre”, disse.

Implantado na cidade em 7 de fevereiro, o racionamento já gerou uma economia média de 20% no volume de água tratada, tendo o consumo do município reduzido de 37 milhões de litros de água tratada por dia para 30 milhões por dia.

Segundo o Daev, em 136 dias de racionamento –- completados nesta segunda-feira --, Valinhos economizou 945 milhões de litros de água, o suficiente para abastecer o município por mais de 30 dias. 

A permanência do rodízio ao menos até meados de setembro continua sendo considerada fundamental pelo DAEV para que Valinhos continue enfrentando a pior estiagem dos últimos 80 anos.

“A alteração das áreas foi importante para ajudar a garantir o abastecimento até o fim da estiagem. A população tem papel fundamental neste aspecto, fazendo uso racional da água”, disse o presidente do DAEV, Luiz Mayr Neto.