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MG pede autorização para adotar racionamento de água e sobretaxar consumo

Tursistas visitam cachoeiras quse secas em Poços de Caldas (MG), no sul de Minas Gerais Imagem: Ernesto Rodrigues/Folhapress

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

22/01/2015 19h03

Minas Gerais deu o primeiro passo para adotar o racionamento de água e sobretaxar o consumo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (22) pela presidente da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) Sinara Meireles.

Segundo a executiva, a estatal entrou nesta quinta-feira (22) com uma solicitação ao Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas), órgão que regula os recursos hídricos no Estado, para que seja decretada “situação hídrica crítica”.

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Com isso, a estatal terá as condições legais para adotar o racionamento no Estado, para reduzir em 30% o consumo, e impondo também tarifas adicionais. Ela explicou que essas iniciativas estão previstas no artigo 46 da na Lei estadual 11.445.

“A situação é preocupante. Há um risco de desabastecimento de curtíssimo prazo. Conclamamos a população de Minas Gerais para um pacto social para atravessarmos esse período”, afirmou Meireles.

A executiva disse ainda que, a partir deste mês, o site da Copasa vai disponibilizar as informações sobre o nível dos reservatórios da companhia.

“A determinação do governador Fernando Pimentel é de transparência absoluta da situação”, disse.

Meireles ainda explicou que, com a seca prolongada, os reservatórios que abastecem a região metropolitana de Belo Horizonte estão cada vez mais vazios.

Ela lembrou que o sistema de captação no rio Paraopeba, que abastece os 34 municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, com uma população de cerca de 5 milhões de pessoas, e que tem três reservatórios, está com somente 30% de seu volume: Serra Azul (com apenas 5,73% do volume), Várzea das Flores (28%) e Rio Manso (45%).

A executiva não quis comentar sobre os prazos para adoção da medida de racionamento. “Não posso falar pelo outro órgão [o Instituto de Gestão das Águas, que decide pela decretação da 'situação crítica']. Mas a questão da redução em 30% do consumo é imediata”, disse.

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