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Operação prende funcionários da CSN por suspeita de superfaturamento

Do UOL, em São Paulo

25/03/2015 17h39

Uma operação do Ministério Público do Estado de São Paulo, realizada na última segunda-feira (23), prendeu três funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e cumpriu nove mandados de busca e apreensão na empresa.

A operação é parte de investigação que apura um esquema de superfaturamento em compras da CSN e o pagamento para facilitação nas concorrências internas. A investigação foi solicitada ao MP pela própria companhia e iniciada em janeiro pela 1ª Promotoria Criminal de São Paulo.

Os suspeitos presos são funcionários do setor de compras da CSN e são investigados com intermediários de empresas fornecedoras da siderúrgica.

Em nota, a CSN informou que "os controles internos da companhia identificaram indícios de irregularidades em processos específicos de compras; apurações internas foram realizadas e posteriormente encaminhadas ao Ministério Público (MP) para investigação e medidas legais cabíveis".

Uma reportagem do "Jornal Nacional", da "TV Globo", na última segunda-feira (23), disse que os suspeitos teriam desviado até R$ 100 milhões da empresa. No entanto, um comunicado do MP-SP desmente essa informação.

"Os valores apontados inicialmente pela imprensa como o montante desviado pelo esquema não corresponde à realidade, uma vez que até o momento o total não foi apurado. A investigação já comprovou, entretanto, que o valor desviado foi utilizado pelos suspeitos para a aquisição de bens, parte deles já recuperados", diz a nota.

A CSN também afirmou que os itens adquiridos são "de pequeno valor". 

Segundo o MP, não há ainda maiores detalhes sobre o caso, como os nomes dos suspeitos, porque a investigação continua e é protegida por sigilo.

A operação teve a participação de Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Militar.