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Precisamos dificultar a vida de quem usa o carro, diz vice-prefeito de BH

Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão Conteúdo

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

11/09/2015 19h51

O vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros (PV), afirmou nesta sexta-feira (11) que "a prioridade aos carros" é um dos principais obstáculos para o desenvolvimento da mobilidade urbana nos municípios. "Eu aplaudo uma cidade quando ela derruba um viaduto. Precisamos dificultar a vida de quem usa o carro", declarou ele, em palestra realizada no último dia do Congresso Internacional Cidades e Transportes, na Cidade das Artes, Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Na opinião de Malheiros, as cidades precisam "ter mais espaço para as pessoas", com espaços de convivência e integração entre os meios de transporte coletivo. Para ele, as políticas de mobilidade devem estar aliadas com políticas de sustentabilidade. "São medidas fundamentais para combater emissões e mudanças no clima", disse.

O gerente de projetos da Embaixada Britânica no Brasil, Guilherme Johnston, afirmou que projetos de restrição à circulação de carros dependem de "vontade política". "Todos sabem do risco político de implementar medidas de restrição ao uso do carro. O prefeito precisa ser firme quanto a suas posições", disse.

Malheiros e Johnston participaram do painel "Planos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas", que teve ainda as presenças do secretário municipal de Meio Ambiente do Rio, Carlos Alberto Muniz, do chefe da Divisão de Clima, Ozônio e Segurança Química do Ministério das Relações Exteriores, Everton Lucero, e de outras autoridades.

Todos os palestrantes concordaram que gestores municipais e agentes políticos devem necessariamente priorizar planos de ações "racionalizados", isto é, que estabeleçam "metas possíveis". "Há vontade e disposição para implementar ações de fato, mas elas têm um custo. Esse custo só será aceito quando existir o reconhecimento político de que são ações essenciais", comentou Lucero.