Primeiros 250 aderem ao programa demissão da Samarco
Carlos Eduardo Cherem
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
27/06/2016 21h52
Duzentos e cinquenta empregados da mineradora Samarco, proibida de atuar pelos órgãos ambientais logo após o rompimento da barragem em Marina (MG), em novembro de 2015, quando morreram 19 pessoas e o rio Doce e dezenas de municípios de Minas Gerais e o Espírito Santo foram inundados de lama, aderiram ao programa de demissão voluntária da companhia, nesta segunda-feira (27).
O número representa cerca de 20% do total de 1.200 empregados que a mineradora pretende demitir, 40% da mão de obra da companhia
O lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho, uma espécie de licença remunerada) adotado pela empresa após ser proibida de exercer atividades, de 3.000 empregados nas unidades de Mariana (MG) e de Anchieta (ES), terminou neste sábado (25). O prazo estipulado pela mineradora para adesão ao programa vai até 29 de julho.
Ao aceitar a proposta, o empregado demitido recebe o pagamento de 50% dos salários para cada ano trabalhado, limitado a quatro salários.
O empregado ainda tem direito a um valor equivalente a três salários, limitado a R$ 7.500, seis meses de plano de saúde, além de perdão de adiantamentos realizados pela mineradora.
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A expectativa da Samarco é de que, com a manutenção de 60% de sua mão de obra, cerca de 1.800 empregados, a empresa possa estar adequada para retomar suas atividades ainda em 2016.
Na quinta-feira (23), a Samarco protocolou um “Estudo de Impacto Ambiental” e um “Relatório de Impacto no Meio Ambiente” na Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais. Esses documentos fazem parte do processo para que a empresa possa conseguir o licenciamento para voltar a fazer a exploração do minério de ferro em Mariana.