Bola, acusado de matar Eliza Samudio, é condenado por morte de carcereiro
Rayder Bragon
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
08/07/2016 19h09
O ex-policial Marcos Aparecidos dos Santos, o Bola, foi condenado nesta sexta-feira (8) a 12 anos de prisão, em regime fechado, pela morte do ex-carcereiro Rogério Martins Novelo, ocorrida em 2000, na cidade de Contagem, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte. Bola foi condenado à prisão pelo sequestro e morte da ex-namorada do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes. O jogador também foi condenado pela morte da moça.
Bola já havia sido condenado a 22 anos de detenção pela morte de Eliza em 2013, acusado de ter assassinado a jovem.
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No caso atual, o réu tinha sido absolvido da morte de Rogério Novelo, em 2012, mas o MPE (Ministério Público Estadual) recorreu da sentença. A Justiça acatou o pedido, anulou a decisão e determinou novo júri popular do réu.
Conforme o MPE, a decisão dos jurados teria sido feita de maneira manifestamente contrária às provas contidas no processo. O novo julgamento de Bola foi realizado no Fórum de Contagem e durou dois dias.
Ele teria sido reconhecido por uma familiar de Novelo após ter ganhado visibilidade em razão do caso Eliza Samudio e ter aparecido em jornais e programas de televisão.
O assassinato do ex-carcereiro, segundo o MP, teve características de crime de mando, já que Bola não conhecia a vítima. Ao ser interrogado, o acusado negou ser o autor do crime. Seus advogados disseram que irão recorrer da sentença.
Emboscada
Segundo a denúncia do Ministério Público, Novelo foi morto por disparos de arma de fogo quando estava dentro de uma Kombi, no bairro São Joaquim.
A vítima trabalhava em uma fábrica de gelo e estava parado com o veículo na porta do estabelecimento comercial. A denúncia traz que Bola estava próximo a um telefone público e, ao identificar o alvo, efetuou os disparos.
Na peça de acusação, os promotores sustentam que Bola teria “espreitado” o local de trabalho de Novelo anteriormente. Até o momento, nem a polícia nem o Ministério Público conseguiram determinar quem foi o mandante do crime.