Lula diz que chama Tarcísio para eventos e ele não vai: 'Não vem em nenhum'
O presidente Lula (PT) afirmou que chama o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para participar de eventos do governo federal, mas que ele não aceita nenhum convite.
O que aconteceu
"Ele não vem em nenhum lugar que eu convido", disse Lula. A crítica do presidente a Tarcísio foi feita em uma agenda nesta quinta-feira (4) para entregar ambulâncias do Samu em Salto (SP). "É uma pena, que o governador poderia estar com a gente", afirmou o petista.
O presidente afirmou que também chamou Tarcísio para entrega de obra do governo em Campinas, mas que o governador não vai. A obra em questão é a do BRT Campinas, que recebeu recursos através do Novo PAC e será entregue ainda hoje pelo governo federal.
É uma obra com investimento da Caixa e do BNDES. Ele [Tarcísio] está convidado para vir, mas ele não vem. Ele não vem porque ele diz: 'O dinheiro vem do BNDES, não do Lula. Eu tomei emprestado e vou pagar'. O que ele tem que saber é que o BNDES no meu governo empresta dinheiro para governadores, porque o governo [federal] deles não emprestava um centavo. Lula, em evento em Salto (SP)
Em nota, o governo de São Paulo disse que mantém uma relação republicana com o governo federal. "O Estado de São Paulo mantém uma relação republicana com o governo federal e demais entes federativos, sempre pautada pelo respeito institucional e pela defesa dos interesses de São Paulo e do Brasil", afirmaram.
A gestão Tarcísio também disse que aguarda manifestação do BNDES sobre o pedido de financiamento da obra da expansão da Linha 5-Lilás do Metrô paulistano. O governador assinou o contrato para construção da estação Jd. Ângela no último dia 21.
Lula já criticou ausência em obra de expansão do Metrô
Tarcísio não foi a ato de assinatura de expansão da linha 5 do metrô. A cerimônia foi realizada no último sábado (30) e, ao comentar a ausência, Lula disse que não assinaria o contrato porque o governador e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não compareceram.
Governador rebateu a crítica de Lula um dia depois. Na segunda-feira (1°), ele disse que estava "almoçando com tranquilidade", pois o contrato da obra, segundo ele, já estava assinado.