Em mês olímpico e com reforço do Exército, roubos de rua sobem 43% no Rio
Apesar do reforço no policiamento de cerca de 85 mil militares por conta das Olimpíadas, os roubos de rua – que incluem roubos a pedestres, em coletivos e roubos de aparelhos celulares -, cresceram cerca de 43% na cidade do Rio de Janeiro em agosto em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram registrados 5.173 roubos de rua neste período contra 3.614 em agosto do ano passado.
Considerando o Estado inteiro, esse número foi ainda maior, crescendo 68%. Foram registrados 11.032 roubos a pedestres, em coletivos e roubos de telefones celulares, ante 6.562 casos em agosto de 2015. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo ISP (Instituto de Segurança Pública).
O aumento da criminalidade vem sendo sentido ao longo de todo o ano. O número de assaltos nas ruas entre janeiro e agosto (80.731) se aproxima de todos os registros feitos no ano passado (85.280).
A auxiliar de publicidade Camila Rodrigues, 26, engrossa essa estatística. Ela foi assaltada por dois homens armados quando chegava à estação de trem de Anchieta, na zona norte, às 6h30, desta sexta-feira (23). "Quando eu vi a moto, tentei correr. Porque se você mora em um bairro perigoso, você tem medo quando vê uma moto. Mas eles aceleraram e me cercaram", contou.
Ela entregou a bolsa e ainda assim foi revistada, porque os assaltantes queriam se certificar de que ela havia entregado também o celular. "Perdi carteira, documentos, tudo. Com a greve dos bancos, não consigo nem sacar o salário. A polícia sabe que ali tem muito assalto, mas não tem nenhum carro fazendo patrulha pela manhã."
Os homicídios também tiveram aumento de 15% em relação a agosto do ano passado. Foram registrados 386 casos, ante 336 no mesmo mês de 2015. No acumulado de janeiro a agosto, o aumento foi de 17,4% (2.747 em 2015; 3.224 em 2016). As mortes em decorrência de ação policial tiveram aumento de 19,2% (de 459 em 2015 para 547 em 2016). A Anistia Internacional já havia divulgado relatório que apontava para o crescimento das mortes nas operações policiais ocorridas às vésperas da Olimpíada.
Também houve mais policiais civis e militares mortos em serviço - foram 19 em 2015, e 25 este ano.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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