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Condenado por 48 estupros, Abdelmassih pede para deixar a prisão, diz TV

Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão por 48 estupros a 37 mulheres - Senad/ EFE
Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão por 48 estupros a 37 mulheres Imagem: Senad/ EFE

Do UOL, em São Paulo

16/10/2016 22h18

A defesa de Roger Abdelmassih, ex-médico condenado a 278 anos de prisão por 48 estupros a 37 mulheres, fez um pedido de indulto humanitário para que ele deixe a prisão. A informação foi revelada pelo programa "Fantástico", da Rede Globo, na noite de domingo (16). O argumento da defesa é o de que ele estaria muito doente e deveria receber o tratamento em casa.

Abdelmassih está preso na penitenciária de Tremembé (SP), onde divide a cela com outros presos com problemas de saúde. A legislação determina que o benefício do indulto humanitário pode ser concedido a detentos a condenados com doenças graves e permanentes que exijam cuidados fora do estabelecimento penal.

Segundo o programa, o pedido da defesa do ex-médico afirma que ele tem problemas no coração, que teriam se agravado em 2015. Neste ano, ele passou por quatro consultas médicas dentro da prisão.

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Ele também fez exames em São Paulo, no hospital Beneficiência Portuguesa e no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de acordo com o "Fantástico", bancados pelo próprio paciente.

O laudo que integra o pedido seria assinado por dois médicos, Luiz Airton Saavedra de Paiva e Francisco Miguel Roberto Moraes Silva, atestando que Abdelmassih tem problemas cardíacos graves, com risco de derrame ou infarto. Ambos afirmam que o ex-médico necessita de cuidados que não podem ser dados na penitenciária.

O promotor Luiz Marcelo Negrini Mattos, ouvido pela reportagem, afirmou que existem detentos no sistema penitenciário que apresentam doenças muito mais graves e que são tratados dentro de prisões, como HVI, hepatite C e tuberculose.

Mesmo se o quadro de Abdelmassih demandar cuidados especiais, o promotor disse que ele deveria ser transferido para um hospital penitenciário, e não para a prisão domiciliar.

Segundo o programa, a juíza responsável pelo caso acolheu um pedido do Ministério Público, que solicitou que Abdelmassih seja avaliado por médicos indicados pela própria Justiça.

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