Força Nacional substitui PMs na segurança da Alerj em dia de ato de servidores
Paula Bianchi
Do UOL, no Rio
14/02/2017 14h29
Diferentemente do usual em dia de protesto de servidores do governo do Estado do Rio de Janeiro, quando a Polícia Militar realiza segurança ostensiva na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), no início da tarde desta terça-feira (14) apenas cinco PMs guardavam a frente da Casa legislativa --o restante da segurança era realizado por cerca de 30 agentes da Força Nacional.
Mulheres de policiais militares que reivindicam o pagamento de salários e benefícios atrasados ocupam, desde a última sexta (10), a frente de diversos batalhões pelo Estado. O governo do Rio afirma, no entanto, que os bloqueios não afetaram o policiamento.
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Na segunda-feira (13), o presidente Michel Temer (PMDB) autorizou um reforço das Forças Armadas no policiamento do Estado, a pedido do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Desde as 11h, aproximadamente 200 servidores estaduais protestam em frente ao Palácio Tiradentes contra a proposta do governo de vender a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) a fim de sanar as contas do Estado. O grupo interrompe o trânsito das duas faixas da avenida Primeiro de Março.
Originalmente, a votação estava marcada para esta terça, mas foi adiada na tarde de segunda-feira por decisão da presidência da Alerj. O Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio), no entanto, manteve o ato no local.
Na última semana, outra manifestação também contra a venda da companhia deixou um homem baleado e prédios depredados no centro do Rio após confronto entre polícia e manifestantes.
A privatização da Cedae é a primeira das medidas de contrapartida exigidas pelo governo federal no plano de recuperação fiscal do Estado a ser enviada à Alerj. O projeto autoriza o governo estadual a privatizar a Cedae, dada como garantia para novos empréstimos com aval da União. O valor total chega a R$ 6,5 bilhões.