Forças Armadas fazem bloqueios em rodovias do estado do Rio
A equipe de intervenção federal iniciou na manhã desta quarta-feira (21), com apoio das Forças Armadas, uma grande operação de bloqueio e patrulhamento de rodovias de acesso ao Estado do Rio. Em paralelo, a Polícia Militar intensificou o patrulhamento na região de São Gonçalo, na região metropolitana da capital fluminense.
Segundo o Comando Conjunto da Intervenção, participam das ações cerca de 1.400 militares das Forças Armadas e 110 policiais militares. Eles têm o apoio de blindados, jipes, caminhões e helicópteros.
O foco principal é o estabelecimento de postos de bloqueio para fiscalização de veículos nos acessos às rodovias BR-101, RJ-104 e na avenida Brasil.
O ministro Raul Jungmann havia afirmado que o patrulhamento em rodovias foi uma das frentes da intervenção federal que mais avançou. Ele já vinha sendo intensificado desde julho do ano passado, quando começou no Estado a última operação de Garantia da Lei e da Ordem, ainda em vigor. O objetivo era diminuir os índices de roubos de cargas.
No primeiro mês de intervenção, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 52 armas, 1,2 tonelada de maconha e 1,6 quilo de cocaína. No mesmo período do ano anterior, foram achadas oito armas, 14 quilos de maconha e 10 quilos de cocaína.
A maior apreensão foi em 26 de fevereiro, quando policiais rodoviários interceptaram um carro que levava 12 fuzis, 33 pistolas, 106 carregadores e 40 mil munições para o Complexo da Maré.
São Gonçalo e Vila Kennedy
Em paralelo à ação nas estradas, o Comando Conjunto determinou um reforço no patrulhamento das Polícia Militar em São Gonçalo.
No dia 2 de março, as Forças Armadas haviam lançado uma operação no Jardim Catarina, região vizinha ao Complexo do Salgueiro, o principal reduto da facção Comando Vermelho em São Gonçalo.
Na ocasião nove pessoas detidas e as Forças Armadas destruíram barricadas erguidas pelos traficantes. Porém, dias depois da ação novas barricadas foram erguidas e o tráfico de drogas voltou a funcionar, segundo moradores da região.
O Comando Conjunto também informou que as Forças Armadas continuam reforçando o patrulhamento na Vila Kennedy, favela da zona oeste do Rio que está sendo usada como um projeto-piloto para as ações de patrulhamento ostensivo da intervenção.
Na terça-feira (20), o general Mauro Sinott, chefe do Gabinete de Intervenção Federal, disse que as Forças Armadas deixarão a região nas próximas semanas. A ideia é que, quando isso acontecer, a Polícia Militar já tenha melhorado sua capacidade de operar na região. Para isso, está sendo desativada a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Vila Kennedy para que seus efetivos recebam novo treinamento e reforcem o 14 Batalhão da Polícia Militar, responsável pela área.
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