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Conselho Regional de Medicina do DF cassa licença do 'Dr. Bumbum'

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Imagem: Reprodução/Facebook

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio

19/07/2018 13h47Atualizada em 19/07/2018 15h17

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal informou, nesta quinta-feira (16), que cassou a licença de exercício profissional do médico Denis César Barros Furtado, o “Dr. Bumbum”, apontado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como principal suspeito da morte da gerente de banco Lilian Calixto, 46, na madrugada do último domingo (15), em decorrência de uma intervenção estética.

Após ter a prisão temporária decretada pela Justiça do Rio, ele é considerado foragido. A polícia espera que ele se entregue ainda hoje.

Em nota, o CRM-DF disse que ele foi alvo de um processo de interdição cautelar para o exercício da profissão em março de 2016. No entanto, segundo a entidade, a medida foi suspensa três meses depois pela Justiça Federal, em Brasília.

Ainda de acordo com o conselho, o processo foi concluído com a cassação do exercício profissional de Furtado, que será submetida ao CFM (Conselho Federal de Medicina). O motivo que levou à cassação do registro não foi esclarecido.

A reportagem do UOL também procurou a porta-voz do Conselho Regional do DF para esclarecer se, a partir da decisão, Denis já estaria impedido de exercer a medicina até a análise pelo CFM, mas ela ainda não foi localizada. Também questionado, o conselho federal não informou se Denis está oficialmente impedido de exercer a medicina ou se isso ainda depende de aval da entidade nacional.

O UOL entrou em contato com a defesa de Denis sobre a medida que o proíbe de exercer a medicina, mas ela ainda não se manifestou. Na terça (17), a advogada Naiara  Baldanza disse ser “precoce” responsabilizar o médico pela morte da bancária. Segundo a defesa, “ninguém é considerado culpado antes da sentença penal condenatória”.

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A bancária Lilian Calixto morreu após se submeter a um procedimento estético na cobertura do médico, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A namorada dele, Renata Fernandes Cirne, 20, foi presa sob suspeita de envolvimento no procedimento.

A mãe de Furtado, Maria de Fátima Barros, 66, também suspeita de participação no procedimento, está foragida após ter a prisão temporária decretada. Ela e o médico foram indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa.

A mãe do médico também teve seu registro para exercício de medicina cassado em 2015. Os motivos da suspensão, de acordo com o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro), foram permissão de que seu nome circulasse em mídia desprovida de falta de rigor científico, propaganda enganosa, realização de método ou técnica não aceitas pela comunidade científica e por insinuar ou prometer bons resultados a qualquer tipo de tratamento.

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