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RN: padre é preso suspeito de estuprar 4 adolescentes e pagar por silêncio

Markus Schreiber/AP
Imagem: Markus Schreiber/AP

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

26/08/2019 18h20

Um padre de 41 anos foi preso no município de Marcelino Vieira (RN), a 402 km de Natal, na região oeste do Estado, suspeito de estuprar e abusar sexualmente de quatro adolescentes com idades entre 13 e 16 anos. O nome dele não foi informado para preservar a identidade das vítimas. Ele nega as acusações.

O homem foi preso no último sábado (24), durante uma operação das polícias Civil e Militar para cumprir mandado de prisão expedido pela Justiça em desfavor dele.

Segundo a polícia, o suspeito teria praticado os crimes de estupro de vulnerável e de exploração sexual contra quatro adolescentes, no município de Tenente Ananias, a 441 km de Natal. Duas das supostas vítimas são irmãos.

Segundo a polícia, a mãe de dois adolescentes observou atitudes estranhas nos filhos e descobriu mensagens com teor sexual supostamente enviadas pelo padre para os dois.

Os adolescentes relataram à mãe que recebiam dinheiro para não contar que eram supostamente abusados pelo padre. A família dos dois garotos levou o caso à polícia, que descobriu outras duas supostas vítimas. A possibilidade de haver outros menores supostamente abusados não foi confirmada nem descartada.

Além do crime de estupro, o padre vai responder por exploração de menores, pois, segundo relato das supostas vítimas, ele dava dinheiro para que os garotos não contassem sobre os abusos.

A polícia informou que o padre foi pároco de Marcelino Vieira entre os anos de 2009 e 2012, quando se afastou por questões políticas. Em 2016, ele se candidatou ao cargo de vereador em Marcelino Vieira, mas não foi eleito.

Atualmente, o suspeito exercia a função de padre da Igreja Veterocatólica do Brasil, com sede na cidade de Feira de Santana (BA), voltada à evangelização no Nordeste.

O padre prestou depoimento na delegacia de Marcelino Vieira e, em seguida, foi levado para unidade do Sistema Prisional, onde ficará à disposição da Justiça.

Ele negou as acusações durante depoimento à polícia. O UOL tentou localizar a defesa do padre, na tarde de hoje, mas não conseguiu.