Vereador é alvo de operação que investiga fraude em benefícios a indígenas
A PF (Polícia Federal) e a PM-MG (Polícia Militar de Minas Gerais) cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão no estado por retenção ilegal de cartões de benefício social de indígenas da etnia Maxakalis. Um vereador de Santa Helena de Minas, que não teve a identidade revelada, está entre os alvos.
Uma ordem de prisão e seis de apreensão foram cumpridos em Santa Helena de Minas, e outras duas apreensões aconteceram nos municípios de Bertópolis e Ladainha.
Os criminosos podem responder por estelionato, extorsão e associação criminosa, com pena de até 24 anos e meio de reclusão. Além desses crimes, o homem que foi preso ainda responderá pela suposta tortura de um indígena que cancelou o cartão após o roubou.
De acordo com a investigação, a quadrilha retinha o cartão que dava acesso ao benefício social para os indígenas e sacavam o valor quando depositado. Além dos cartões, os criminosos ainda ficavam com documentos das vítimas.
Segundo a PF, durante as investigações, um homem que tinha antecedentes criminais na região da cidade mineira de Santa Helena de Minas foi identificado como um estelionatário em potencial.
Ele seria um dos principais responsáveis pelo roubo dos cartões, além de haver indícios de que ele teria torturado um indígena que cancelou um dos cartões para se livrar da quadrilha.
Ainda segundo a PF, também são investigados um vereador, um funcionário terceirizado da Funai (Fundação Nacional do Índio) e quatro comerciantes, todos suspeitos dos mesmos crimes.
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