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Cinco pessoas da mesma família ficam feridas após explosão de lareira no RS

Lareira artesanal que explodiu em Lagoa Vermelha (RS) - Corpo de Bombeiros/Divulgação
Lareira artesanal que explodiu em Lagoa Vermelha (RS) Imagem: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, de Porto Alegre

05/07/2020 13h24

A explosão de uma lareira artesanal deixou cinco pessoas feridas em Lagoa Vermelha (RS), a 282 quilômetros de Porto Alegre, na noite de ontem.

Uma menina de 12 anos teve mais de 70% do corpo queimado e está em estado "muito grave", segundo o Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, para onde foi transferida ontem de noite. O irmão dela, de sete anos, também foi removido para a unidade de saúde na manhã de hoje.

A explosão ocorreu após o pai das crianças, de 38 anos, repor o álcool na lareira artesanal e não ter percebido uma fagulha, conforme disse o 1º tenente do Corpo de Bombeiros de Lagoa Vermelha, Alex Moreira Barbaro. A família estava reunida em volta do fogo assando queijo na garagem. Segundo o oficial dos Bombeiros, a lareira artesanal foi feita de areia, pedras e latinhas de cerveja cortadas ao meio.

Além das crianças, também ficaram feridas o pai, a mãe de 33 anos e uma avó de 58 anos —esta última foi tentar ajudar e acabou queimando as mãos. Quando os Bombeiros chegaram ao local ainda havia chamas. "Tinha muita fumaça, e havia fogo em roupas e utensílios que estavam na volta da lareira. Em seguida, começamos a atender as vítimas", disse Barbaro.

O fogo se espalhou pelas roupas das crianças, que grudaram no corpo. "Quando a gente chegou as crianças estavam embaixo do chuveiro", conta o oficial. A avó relatou que o vasilhame de álcool utilizado tinha 2 litros, entretanto, o objeto não foi encontrado pelos Bombeiros.

A família foi levada às pressas para o Hospital São Paulo, em Lagoa Vermelha. A menina de 12 anos foi transferida pouco tempo depois de dar entrada no local. Conforme o tenente, ela estava com o corpo completamente queimado. "Só o tênis restou", conta. Na manhã de hoje, foi a vez de o menino ser levado para Passo Fundo, a 86 quilômetros de distância.

Os pais continuam internados, já a avó foi atendida e liberada.

"Os pais tiveram queimaduras nos membros superiores e inferiores também. O quadro deles é estável, mas devem permanecer com a gente por mais 48 horas", disse a enfermeira Pâmela Nunes do Amaral, chefe do turno da manhã de hoje. Segundo a profissional, o casal não está entubado e relata bastante preocupação com a situação dos filhos. Ainda segundo Pâmela, a transferência das ocorrências ocorreu pelo fato do hospital São Vicente de Paulo ter mais condições de atendimento a esse tipo de paciente.

Procurado, o hospital São Vicente de Paulo disse que o estado da menina é "muito grave" e que ela está internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da casa de saúde. O menino ainda não chegou à unidade.