Médico que atendeu criança de 10 anos grávida critica portaria do aborto
O médico obstetra Olímpio Moraes Filho, que realizou o aborto legal da criança de 10 anos estuprada pelo tio, criticou a portaria do Ministério da Saúde que obriga profissionais de saúde a notificarem autoridades policiais quando atenderem vítimas de estupro.
"Isso é contra o código de ética médica, contra o humanismo. É coisa de mentes de pessoas doentes e maldosas que fazem a mulher sofrer. Estamos vendo como vamos reagir a isso, porque acredito que não pode passar. A sociedade não pode deixar", disse Moraes Filhos.
As declarações foram dadas em entrevista ao portal Metrópoles.
"Primeiro, o nosso código de ética médica aponta que temos que manter o sigilo. Não se pode quebrar o sigilo sem a vontade de pessoa. Depois, nós médicos temos a obrigação de promover a autonomia e a beneficência. Isso significa respeito à dignidade humana", disse ele.
A portaria publicada semana passada foi criticada por parlamentares, grupos feministas e pela ex-senadora Marta Suplicy, que chamou a ministra Damares Alves (Família, Mulher e Direitos Humanos), de "ridícula".
Tio preso
A criança de 10 anos que era violentada, de acordo com a PC-ES (Polícia Civil do Espírito Santo), havia quatro anos. O tio, de 33 anos, foi preso e um exame de DNA indicou que ele estuprou a sobrinha.
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