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Ônibus onde enfermeiro foi baleado é assaltado com frequência, diz marido

O enfermeiro Luiz Otávio, de 27 anos, foi baleado na cabeça durante um assalto; segundo testemunhas o jovem estava de fones de ouvido e não teria percebido a ação Imagem: Reprodução/TV Globo

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

16/09/2020 21h04

Renan Moreira, marido do enfermeiro baleado na cabeça durante um assalto dentro de um ônibus em Guadalupe, na zona norte do Rio, disse que é comum assaltos à mão armada na linha 712 - que faz o trecho Coelho Neto x Seropédica. Ele revela que em novembro foi vítima de um assalto e teve uma arma apontada para a cabeça em um coletivo que realiza o trajeto. Na ocasião, Renan perdeu o celular, mas não se feriu.

Já Luiz Otávio, 27, que é enfermeiro e trabalha em um hospital em Niterói, na região metropolitana, não teve a mesma sorte. Ele estava com um fone de ouvido no momento em que dois assaltantes abordaram os passageiros e por isso demorou a entender o que se passava no coletivo e foi baleado na cabeça pelos criminosos. Ele está no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, onde passou por cirurgia e seu estado de saúde é considerado grave.

"Essa linha tem histórico de assaltos. Já ouvi relatos de gente que chegou a levar coronhada. Eu já tive uma arma apontada para a cabeça por causa de um celular. O Otávio nunca tinha sido assaltado nesse ônibus. Foi a primeira vez. Nos contaram que ele estava com fone de ouvido e distraído. Não percebeu a movimentação, se assustou e um dos bandidos falou para dar logo um tiro na cabeça dele", contou Renan, que soube do assalto por uma vizinha.

A mulher, que pega o mesmo ônibus que Luiz Otávio, contou sobre a abordagem e que um rapaz com as mesmas características do enfermeiro havia sido atingido.

"Eu passei mal [na hora em que recebi a notícia], cheguei a desmaiar", disse Renan, que definiu o marido como uma pessoa dedicada, que tem amor pela profissão e sempre ajudou a salvar vidas.

"Ele começou como técnico de enfermagem, fez faculdade e se tornou enfermeiro, dava aulas também em curso técnico. No auge da pandemia [de covid-19], a gente enfrentou problema com transporte. Ele acordava mais cedo, caminhava 30 minutos até outro ponto para pegar outro ônibus, chegava em casa mais tarde, pois era a mesma dificuldade para voltar para casa."

O caso foi registrado na Delegacia de Ricardo de Albuquerque (31ªDP) que investiga o caso. Os bandidos conseguiram fugir e até o momento não foram localizados.

Em nota enviada ao UOL, a Expresso Real Rio, que administra a linha, informou que conduziu o ônibus até o Corpo de Bombeiros imediatamente após o assalto para prestar atendimento ao passageiro baleado.

O caso ocorreu quando o coletivo passava pela Avenida Brasil - via expressa mais movimentada do Rio, que dá acesso às rodovias Presidente Dutra, Washington Luís e Rio x Santos, além da Ponte Rio Niterói. A via integra também as zona oeste, norte e região central da cidade.

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