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MPRJ mira empresas de fachada por compra ilegal de vale refeição

Colaboração para o UOL

25/05/2021 10h10

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizam uma operação contra empresas acusadas de compra ilegal de vale refeição, lavagem de dinheiro e receptação. A ação conta com o apoio da 13ª DP (Ipanema), da 23ª DP (Méier), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC).

Segundo o inquérito, um grupo criminoso atuava com empresas fantasmas na Pavuna e em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A quadrilha trocava os créditos de vale-refeição por dinheiro, de maneira ilegal, e cobravam uma taxa, que segundo o MPRJ era considerada abusiva.

Cofre - Divulgação Polícia Civil - Divulgação Polícia Civil
Cofre apreendido em ação do MPRJ em conjunto com a Polícia do Rio
Imagem: Divulgação Polícia Civil

As empresas de fachada foram descobertas durante uma investigação que apurava roubos feitos por menores de idade das comunidades do Pavão-Pavãozinho e complexo do Chapadão. Os adolescentes roubavam joias, em Copacabana, na Zona Sul do Rio e vendiam o material nas lojas clandestinas que compravam ouro e outros bens. Ao irem até os estabelecimentos, os investigadores descobriram que a compra de vale refeição também era realizada no local. As empresas fantasmas serviam para ocultar a origem ilegal dos produtos dos crimes. Após a primeira fase da operação, novas denúncias foram abertas contra 12 integrantes da organização criminosa.

Ainda segundo o MPRJ, o líder do bando foi identificado como Alexandro de Souza Mello, conhecido como 'Leco'. Ele seria responsável por comandar os outros integrantes do grupo e as movimentações financeiras da quadrilha. Flavia Regina da Silva Machado, a companheira de Leco atuava como gerente dos falsos restaurantes envolvidos no esquema criminoso e Valdo Ramos do Vale era sócio de duas empresas 'fantasmas'.

Apesar da grande movimentação financeira das duas empresas, ambas têm endereços inexistentes e não contam com funcionários registrados. Valdo era encarregado de conseguir clientes e divulgar as atividades das empresas.

Segundo a Polícia Civil, os agentes apreenderam banners com a inscrição "Compro Tíquetes", máquinas de cartões, vales refeição, cartões de benefícios, dinheiro, comprovantes de transação financeira das máquinas de cartões, porta-documentos com a inscrição "tíquetes/cartão" e diversas anotações e documentos.

Local alvo da operação   - Divulgação Polícia Civil do Rio - Divulgação Polícia Civil do Rio
Polícia Civil atuou em conjunto com o Ministério Público do Rio em locais que compravam vale refeição ilegalmente
Imagem: Divulgação Polícia Civil do Rio

As investigações apontaram que as máquinas para cartões emitiam comprovantes de pagamento em nome de uma pessoa jurídica e as duas empresas forneciam os endereços fraudulentos.