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Marília Mendonça: Polícia analisa celulares de pilotos e torre de energia

Daniela Mallmann

Colaboração para o UOL

09/11/2021 18h12Atualizada em 09/11/2021 23h39

Os celulares do piloto Geraldo Martins Medeiros e do copiloto Tarciso Pessoa Viana foram recolhidos pela Polícia Civil de Minas Gerais. Os aparelhos estavam entre os destroços da aeronave que caiu matando a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas na tarde de sexta-feira (5), em Piedade de Caratinga (MG).

A Polícia Civil vai analisar também a documentação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo para descobrir se a torre de transmissão de energia elétrica da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) está fora da área de proteção do Aeródromo de Ubaporanga, em Caratinga (MG), como afirma a empresa.

Procurada pelo UOL, a companhia não se manifestou sobre o andamento das investigações, reforçando apenas a explicação oferecida em comunicados anteriores. Nas ocasiões, a Cemig afirmou que "a linha de distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ não está na zona de proteção do aeródromo de Caratinga. As esferas de sinalização na cor laranja são exigidas em situações específicas, entre elas estar em zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido".

Testemunhas que presenciaram o acidente também serão ouvidas pelo polícia para confrontar versões e encontrar a que mais se aproxima da realidade.

Os destroços da aeronave foram removidos da cachoeira na tarde de sábado (06). Eles foram encaminhados no início da tarde de hoje para o aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro onde ficará em um hangar à disposição das equipes do Seripa (Serviço Regional de Investigação de Acidentes Aeronáuticos), órgão vinculado ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção e Acidentes Aeronáuticos) para dar sequência às investigações.

Já os dois motores que foram removidos ontem do local do acidente ainda estão no pátio da empresa que realizou o serviço. A princípio, eles iriam na madrugada de amanhã para Sorocaba, mas o Cenipa ainda está à procura de uma equipe especializada e uma máquina para realizar a abertura dos motores.

Em relação aos laudos da causa da morte dos outros ocupantes da aeronave, eles ficarão prontos dentro de um mês. No momento, análises estão sendo feitas no IML de Belo Horizonte e em 15 dias serão enviadas de volta para o Instituto Médico Legal de Caratinga para a conclusão do relatório pericial.