'Tomara que não precise cancelar o Carnaval no Rio', diz Paes
Depois de anunciar o cancelamento do tradicional Réveillon na praia de Copacabana e na cidade, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), disse hoje que espera não ser preciso tomar a mesma decisão em relação ao Carnaval de 2022.
Em entrevista após reunião com secretários, Paes disse que a comemoração do Carnaval tem impactos culturais e econômicos importantes para a cidade e para o Brasil. Ele disse que manterá suas decisões baseadas em posicionamentos científicos sobre o combate ao novo coronavírus.
"Tomara que não precise cancelar o Carnaval, não só pela importância desta festa e desta celebração para a cultura do nosso país, mas pela importância econômica da cidade do Rio de Janeiro e todo o Brasil", disse.
O prefeito, porém, criticou o que chamou de "ataques seletivos" a algumas celebrações. Ele não citou nomes, mas recentemente o presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores têm se manifestado a favor de um cancelamento do Carnaval, embora ao longo da pandemia o chefe do Executivo tenha se colocado de forma contrária a qualquer medida de restrição.
"Faltam 3 meses para o Carnaval. Tem grupos fazendo ataques seletivos a determinadas celebrações como um tipo de preconceito, na minha opinião. Só vou tomar decisões se comitê científico disser não pode ter", afirmou Paes.
Paes pede clareza
Eduardo Paes justificou a decisão de cancelar o Réveillon a uma manifestação do comitê científico do estado do Rio de Janeiro recomendando cautela em um momento em que a variante ômicron causa preocupação no mundo. O prefeito, porém, se mostrou contrariado, uma vez que o comitê municipal tinha outro entendimento sobre a situação da pandemia na cidade.
Diante da divergência, Paes disse que espera que a decisão sobre o Carnaval seja feita em cima de um consenso entre a comunidade científica.
"Óbvio que ciência não é exata, tem suas nuances, suas interpretações. Mas aqueles que vocalizam em nome da ciência precisam ter responsabilidade sobre o que dizem. Eles têm uma importância de coesão social neste momento. Não dá para ter decisões de autoridade conhecidas na Saúde dizendo uma coisa e outros dizendo outra. Daí fica confuso. Meu apelo é esse, sigo a ciência sempre, mas essas coisas precisam ficar claras", disse.
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