Suspeito de liderar milícia de Rio das Pedras e mais 5 são presos no RJ
Marcela Lemos
Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro
25/02/2022 09h50Atualizada em 25/02/2022 14h45
A Polícia Civil do Rio prendeu, na noite de ontem, seis homens suspeitos de integrar a milícia de Rio das Pedras, comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro. Entre os presos está Fabiano Cordeiro Ferreira, 38, conhecido como Mágico, e apontado pela Polícia Civil do Rio como chefe da milícia da região. Havia dois mandados de prisão pendentes contra ele por participação em organização criminosa, formação de milícia e roubo.
Os demais presos foram identificados como Thiago Bastos Morais, chamado de Digão, Daniel Cristinho, o Buiú, João Henrique Pedro da Silva, conhecido como Pezão, Ilán Andrade dos Santos e Marcos Alves de Souza. Todos foram presos em um condomínio no Itanhangá, bairro próximo à comunidade de Rio das Pedras, onde atua o grupo, informou a Polícia Civil.
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Mágico chegou a ser preso em 2019 durante a Operações Intocáveis da Polícia Civil que mirava milicianos da região.
Ele foi condenado a oito anos de prisão em regime fechado por organização criminosa. No entanto, recentemente progrediu para o regime domiciliar e retomou o controle de Rio das Pedras, segundo a Polícia Civil.
Os seis foram autuados por porte ilegal de arma de fogo e formação de milícia. Com eles foram apreendidas três armas de fogo, diversas munições e cadernos com anotações do grupo.
"O recado que fica é esse: se você é liderança, se você é miliciano, se você é traficante, a sua hora vai chegar", afirmou o secretário da Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski, em entrevista coletiva.
Segundo a Polícia Civil, a operação é "resultado de um trabalho de dois meses envolvendo mapeamento e monitoramento da organização criminosa, com o objetivo de fortalecer e otimizar a operacionalização do programa Cidade Integrada, implementado pelo governo do estado".
O "Cidade Integrada" tem como objetivo a "retomada" de territórios em comunidades dominadas pelo tráfico e pela milícia, nos moldes do programa de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Os investimentos previstos são de R$ 500 milhões. As primeiras comunidades ocupadas no mês passado pelas forças de segurança foram: Jacarezinho, na zona norte, e Muzema, na zona oeste.
O UOL busca a defesa dos suspeitos e atualizará a reportagem caso haja uma manifestação.