SC: mãe diz que matou filha de 11 anos por ela manter relações sexuais
Uma mãe confessou, de acordo com a Polícia Civil, que matou a própria filha de 11 anos, com socos e chutes, após saber que a garota tinha um relacionamento afetivo e que havia se tornado "sexualmente ativa".
O caso foi registrado na madrugada da última quinta-feira (14) na cidade de Timbó (SC), perto de Blumenau. A mulher e o padrasto estão presos temporariamente.
Segundo a investigação, na madrugada daquele dia, Luna Nathieli Bonet Gonçalves foi atendida pelo Corpo de Bombeiros da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. No hospital do município, a médica plantonista verificou que a menina apresentava diversas lesões aparentes pelo corpo, além de marcas de sangue na sua roupa íntima.
Diante da suspeita, os profissionais da unidade hospitalar acionaram a Polícia Militar, que apontou o padrasto de 41 anos como suspeito. Ele negou ter agredido a enteada.
O padrasto e a mãe declararam que Luna havia caído da escada após tratar o gato de estimação. A menina conseguiu ficar consciente, havia jantado, tomou banho e foi dormir, afirmaram em um primeiro depoimento.
O casal afirmou ainda que, por volta da meia-noite, Luna teria passado mal e eles decidiram pedir ajuda ao Corpo de Bombeiros.
Contradições
O laudo da necropsia apontou que Luna apresentava diversas lesões e contusões internas e externas no crânio, baço, pulmão, alças intestinais, laceração na vagina, marcas no rosto, braços e pernas, além da região torácica.
A perícia apontou no local dos fatos que havia marcas de sangue nas proximidades do quarto de Luna, além do sofá, toalha, fronha e uma calça masculina. Com todas essas informações, os investigadores concluíram que a primeira versão apresentada pelos responsáveis continha contradições.
A mãe e o padrasto foram intimados a depor novamente. A mulher, então, confessou que matou a filha a socos e chutes pelo motivo de a garota manter um relacionamento afetivo e ter se tornado sexualmente ativa.
A mulher não teria aceitado essa situação e agrediu Luna. Por sua vez, o padrasto ficou em silêncio durante o depoimento.
Com essas informações, o casal foi preso temporariamente por 30 dias. A investigação da Polícia Civil prossegue para esclarecer o possível envolvimento do padrasto no caso e ainda averiguar se houve a prática de crime contra a dignidade sexual.
Os nomes dos acusados não foram divulgados. O UOL não conseguiu contato com a defesa do casal.
Ainda conforme a Polícia Civil, mais dois menores de idade moravam com o casal. Uma outra menina de 11 anos, que foi encaminhada ao pai biológico, e um bebê de nove meses, encaminhado para o Conselho Tutelar.
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