Resgate de Marcola: Rota acha 'QG de tropa de elite' do PCC em Paraisópolis

A Rota rastreou nesta segunda-feira (24) um QG do crime usado pela "tropa de elite" do PCC em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. O núcleo é o mesmo que foi criado para tramar o resgate de Marcola do sistema prisional.

O que aconteceu

Três supostos membros do núcleo foram presos no local. Segundo a Rota, o trio é suspeito de transportar armas, explosivos e drogas para o PCC.

A unidade chamada de "restrita tática" também é conhecida por planejar atentados contra autoridades e fugas em massa do sistema prisional. A identidade das pessoas detidas, que foram conduzidas à sede da PF, não foi revelada pela polícia.

Rota encontrou um fuzil, oito granadas, carregadores, munição e um colete à prova de balas que seriam usados pelo núcleo. Esse grupo ligado ao PCC é formado por criminosos de alta periculosidade especializados em ataques aos moldes do "novo cangaço" ou "domínio de cidades". Eles usam armas de grosso calibre, carros blindados e explosivos para enfrentar até as forças de segurança.

Rota matou suspeito de planejar resgate de Marcola. Carlos Alves Bezerra, o Carlão, foi morto a tiros em uma operação policial no dia 14 deste mês em Campinas (SP). Segundo a PM, ele foi baleado após atirar na direção dos agentes.

Outro criminoso apontado por chefiar plano de fuga de líder do PCC foi preso. Ivan Garcia Arruda, o Degola, foi capturado em setembro de 2024, em Sorocaba (SP).

Ivan Garcia Arruda (esq) tramava resgate de Marcola (dir), líder preso do PCC, indicam investigações
Ivan Garcia Arruda (esq) tramava resgate de Marcola (dir), líder preso do PCC, indicam investigações Imagem: Montagem/UOL

Plano para matar Moro

"Restrita tática" investiu quase R$ 3 milhões para matar Moro. O dinheiro foi usado para montar uma estrutura na região metropolitana de Curitiba, envolvendo aluguel de chácaras, veículos blindados e armas, entre julho e outubro de 2022.

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Quando ainda era ministro, Moro foi o responsável por coordenar a transferência de Marcola para um presídio federal, em 2019. Na ação, outros 21 supostos membros do PCC também foram transferidos. Um ano antes, a facção já havia tramado o resgate de Marcola da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP). Mas o plano fracassou após a transferência para uma unidade de segurança máxima.

Reunião com homem de confiança de Marcola deu início a um novo plano, diz MP. De acordo com a investigação, uma reunião com a cúpula da facção criminosa coordenada por Pedro Luiz da Silva Moraes, o Chacal, deu origem à estratégia de resgate ao líder do PCC, em novembro de 2023.

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