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Joel Pinheiro: 'Luisa Mell fez cabo de guerra com cão de mansão abandonada'

Colaboração para o UOL, em São Paulo

21/07/2022 14h44Atualizada em 21/07/2022 14h58

O comentarista do UOL News Joel Pinheiro falou hoje sobre a operação policial que aconteceu ontem em uma mansão abandonada em Higienópolis, São Paulo, que ficou conhecida pelo podcast "A Mulher da Casa Abandonada", do jornalista Chico Felitti. Joel criticou a espetacularização da operação, em que o fato principal é a escravização de uma mulher por 20 anos, e sobre a atuação da ativista Luisa Mell.

"Quando a Luisa saiu com o cachorrinho tinha uma torcida gritando o nome dela. O negócio virou um verdadeiro circo a ponto de a Luisa Mell estar puxando o cachorrinho e fazendo quase um cabo de guerra com ele enquanto a Margarida Bonetti do outro lado gritava desesperada", disse durante participação no UOL News.

"A Luisa Mell não precisa ter um órgão de imprensa com ela, todo mundo sabe quem ela é porque ela é muito esperta de se colocar em situações de exposição. Ela vai para o lugar porque ouviu dizer que tinha um gato na casa, mas depois disseram que o gato era conexão elétrica ilegal e não um bichinho que estava abandonado ali. No fim tinha um cachorro e pelo menos justificou a presença dela ali, mas ela foi com um celular e eu assisti uma live no Instagram", continuou.

Joel também falou sobre o sensacionalismo na cobertura do caso, destacando que é necessário fazer a separação do que de fato é informação, do que é fato e do que é sensacionalismo.

"Hoje vivemos a mistura dessas coisas e acho que não vamos nos livrar porque é a nova tecnologia. As pessoas estavam entrando na casa com a dona da casa lá, que virou uma celebridade infame, porque cometeu um dos piores crimes possíveis. Ela escravizou outro ser humano por 20 anos com maus tratos físicos e negando direito à saúde e sem salário, enfim, um crime hediondo pelo qual nunca foi responsabilizada".

Por fim, o comentarista do UOL News ainda fez um alerta de que essa espetacularização da notícia pode acabar recaindo também sobre pessoas inocentes.

"Eu entendo quem lamenta esse sensacionalismo, ele tem um lado bem sórdido mesmo. Nesse caso não sentimos muita pena da dona da casa, afinal é crime o que ela cometeu no passado, mas poderia ser com alguém que não fosse culpado como ela. Poderia ser com alguém inocente naquela situação muito vexatória, mas ao mesmo tempo acho que é quase inevitável porque a tecnologia nos deu essa possibilidade", finalizou.

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