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GO: Criança tenta proteger irmã e ambas morrem em incêndio causado por vela

Juliana da Silva Ferreira e Gabriela Da Silva Ferreira estavam deitadas em um quarto e o local pegou fogo - Reprodução/Redes sociais
Juliana da Silva Ferreira e Gabriela Da Silva Ferreira estavam deitadas em um quarto e o local pegou fogo Imagem: Reprodução/Redes sociais

Pedro Paulo Couto

Colaboração para o UOL, em Goiânia

15/09/2022 12h11Atualizada em 15/09/2022 15h19

A menina Gabriela Da Silva Ferreira, de 2 anos, morreu carbonizada juntamente com a irmã mais nova, Juliana da Silva Ferreira, de apenas 4 meses. De acordo com o delegado André Fernandes, a criança mais velha foi encontrada por cima da bebê, como se tivesse tentado protegê-la do fogo.

As irmãs estavam deitadas em um quarto, onde moravam de favor, e o local pegou fogo. A suspeita é que as chamas começaram devido a uma vela deixada no cômodo, que não tinha energia elétrica. O caso aconteceu na noite da última segunda-feira (12), na cidade de Nerópolis (GO), na região metropolitana de Goiânia.

Segundo as investigações, a família se mudou para o local três dias antes da tragédia. A casa é de um tio das vítimas e o cômodo que pegou fogo fica no fundo do lote.

"Duas perícias foram realizadas na casa e comprovamos que a mãe estava no local, conforme ela já relatou anteriormente. Ela estava fazendo jantar e também outras atividades do lar quando o fogo começou. A Polícia Civil segue a investigação e também deve ouvir mais testemunhas, mas tudo indica que foi uma fatalidade", disse o delegado ao UOL.

Segundo o Corpo de Bombeiros, quando a primeira equipe da corporação chegou na casa as crianças já estavam sem vida, carbonizadas, mas a causa da morte pode ter sido asfixia devido à fumaça.

"Era um quarto com muita roupa, colchões, e tudo isso favoreceu a propagação rápida do fogo", afirmou o capitão Giskard Xavier.

O delegado contou que uma prima das vítimas, de 8 anos de idade, também dormia no quarto quando o fogo começou. "Ela correu para avisar e tentaram apagar com um balde, mas não foi possível", disse Fernandes.

A reportagem UOL tentou contato com familiares das crianças, mas eles não quiseram se manifestar.