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Pedido de transferência e professor com medo: a volta a escola atacada

Do UOL, em São Paulo

10/04/2023 10h14

Pais, alunos e professores voltaram hoje de manhã à escola estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, duas semanas após o ataque do estudante de 13 anos que matou uma professora a facadas e feriu outras quatro pessoas.

O que aconteceu

Há reforço na ronda escolar. A escola também passou por manutenção com pintura e reparos na estrutura, segundo a Secretaria Estadual da Educação.

As professoras Ana Célia da Rosa e Rita de Cássia Reis, feridas pelas facadas no atentado, foram no local.

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O relato na entrada de escola ainda é de medo. Alguns pais foram à unidade de ensino para buscar documentos que permitam a transferência dos seus filhos para outras escolas.

Professores ainda relatam receio de retomar a rotina escolar.

Há um cartaz na entrada da escola, onde se lê: "queridos alunos sejam bem-vindos". Os muros foram pichados com manifestações como "professoras heroínas" e pedidos por Justiça.

Pais, alunos e professores participam de rodas de conversa e oficinas de conscientização. As atividades contam com apoio de equipes de saúde mental e pedagógica.

A previsão é que a unidade de ensino apenas receba 90 alunos hoje. As aulas retornam normalmente a partir de amanhã.

A sensação ainda é de medo. A minha filha estava na escola durante o ataque e escutou toda a gritaria. Ela saiu de lá chorando muito e falou que não queira mais voltar. Vim para cá para pegar a documentação da transferência para outra escola
Guilherme Balsi, 33, analista fiscal e pai de aluna de 11 anos

Guilherme Balsi, pai de aluna, foi pegar documentação para pedir transferência Imagem: Herculano Barreto Filho/UOL

Meu filho passou esses últimos dias emocionado, lembrando da professora Bete [morta no ataque]. Ele queria vir à escola só para abraçar as outras duas professoras.
Maria da Ajuda Cardoso Livramento, 54, mãe de alunos que presenciou o ataque

Estava com saudade dos alunos e fui bem recebida. É um dia de cada vez. Está sendo emocionante
Ana Célia da Rosa, professora ferida no ataque

Os alunos abraçam, beijam. É muito carinho. Mas ainda não penso em voltar [a trabalhar em sala de aula]. Preciso de tratamento e de um tempo em casa para absorver o que aconteceu. Preciso entender que foi um caso isolado, que os alunos não são assim. Fico com medo de tudo
Rita de Cássia Reis, professora ferida no ataque

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