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Inverno começa hoje e El Niño vem aí: Brasil deve sofrer com mais frio?

Menos chuva e temperaturas mais altas atingirão parte do país - CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO
Menos chuva e temperaturas mais altas atingirão parte do país Imagem: CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL

21/06/2023 04h00

O inverno começa nesta quarta-feira (21), às 11h58, e a estação neste ano será afetada pelo fenômeno El Niño, que aumenta a temperatura das águas no Oceano Pacífico e, com isso, altera o padrão de circulação da atmosfera.

Segundo meteorologistas, deve haver alteração no regime de chuvas, com menos precipitação do que a média para o período na maior parte do país.

Já as temperaturas devem ficar acima da média prevista para o inverno —mas massas de ar polar podem provocar frio intenso em alguns dias, principalmente na região Sul.

Veja abaixo qual é a previsão para o inverno em cada região do país:

Sudeste

Deve haver chuvas abaixo da média no Sudeste, segundo nota técnica elaborada pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Meteorologistas, no entanto, não descartam a ocorrência de chuvas intensas no litoral sul da região devido à passagem de frentes frias.

As temperaturas devem permanecer acima da média para o período em grande parte da região, segundo os dois institutos. Massas de ar, porém, podem provocar dias mais frios e até geada em pontos isolados de regiões mais elevadas.

No interior do Sudeste, deve haver maior aumento de temperatura, segundo o Climatempo. Entre agosto e setembro, pode haver risco mais elevado de temporais entre o oeste e o sul de São Paulo e no sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

Chuvas - Rivaldo Gomes/Folhapress - Rivaldo Gomes/Folhapress
Deve haver alteração no regime de chuvas, com menos precipitação do que a média
Imagem: Rivaldo Gomes/Folhapress

Sul

Santa Catarina e Rio Grande do Sul devem ter volume de chuvas próximo ou acima da média durante o inverno, segundo o Inmet e o Inpe. Já no Paraná, as condições são para chuva abaixo da média.

Os gaúchos podem enfrentar temporais com vento forte e granizo, principalmente em agosto e setembro, segundo o Metsul. A alternância entre episódios de calor e frio deve intensificar o risco de tempestades severas e ventos intensos no Sul.

Na maior parte do inverno, as temperaturas devem ficar mais altas na região, na comparação com o mesmo período em anos anteriores. A chegada de massas de ar polar, no entanto, pode provocar mais frio em alguns dias. Segundo o Metsul, eventos de frio em agosto e no começo de setembro podem trazer chance de neve, enquanto geadas estão previstas para junho e julho.

Nordeste

Para o interior nordestino a previsão é de volume de chuva perto da média —o inverno geralmente é um período seco nessa região.

No restante do Nordeste, segundo o Inmet e o Inpe, haverá chuvas abaixo da média, principalmente por causa do El Niño. Em grande parte da região, as temperaturas devem ficar mais altas do que o normal.

Centro-Oeste

As chuvas devem ficar abaixo da média histórica no Centro-Oeste, afirmam o Inmet e o Inpe. A umidade relativa do ar deve cair nos próximos meses, atingindo valores diários inferiores a 30%. Segundo os dois institutos, há chance de que os picos mínimos de umidade fiquem abaixo de 20%.

As temperaturas, por sua vez, devem ficar acima da média para o período, principalmente por causa de massas de ar seco e quente. A condição favorece queimadas e incêndios florestais.

Norte

O El Niño também deve diminuir o volume de chuvas na região Norte. Somente na área mais ao norte dessa região há possibilidade de mais chuva do que o normal em locais específicos, dizem o Inmet e o Inpe.

A temperatura deve subir mais do que o normal. Com a baixa umidade, há maior chance de incidência de queimadas e incêndios florestais, principalmente no sul da Amazônia.

O Norte pode não se livrar do frio: segundo os institutos, podem ocorrer episódios de friagem pela incursão de massas de ar frio.

O que é o El Niño

O El Niño voltou a ocorrer depois de três anos de La Niña. O fenômeno é caracterizado pelo aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, acompanhado por uma desaceleração ou reversão de ventos alísios do leste. Essas mudanças provocam efeitos no clima de todo o planeta, afetando a pesca, a agricultura e outros setores da economia.

Os cientistas apontam que há chance de o El Niño em 2023 ser o mais intenso em 70 anos. Em maio, a temperatura do Pacífico foi a quarta maior desde 1973. Na última vez em que o El Niño ocorreu, em 2016, o mundo teve o ano mais quente já registrado.

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