Médico preso suspeito de abusar de pacientes em MG usou disfarce para fugir
Colaboração para o UOL, em São Paulo
21/07/2023 20h28
Suspeito de abusar sexualmente de pelo menos 11 mulheres em Minas Gerais, o cirurgião plástico Hudson de Almeida, 56, foi preso hoje em São Paulo. O médico era considerado foragido da Justiça desde abril, quando deixou o estado.
O que aconteceu:
Durante a prisão, foi constatado que o suspeito mudou a aparência para tentar dificultar sua identificação e fugir das autoridades. As informações foram repassadas pela Polícia Militar mineira em entrevista coletiva.
Hudson de Almeida é suspeito de abusar de pacientes com idades entre 16 e 40 anos, na cidade de Alfenas, no sul de Minas Gerais, onde ele atendia.
O médico se aproveitava do atendimento para abusar das vítimas. "Durante as consultas, o médico possuía comportamentos que configuravam violência sexual", declarou o capitão Cristiano, da Polícia Militar de MG.
Almeida foi preso em um condomínio de luxo em São Paulo. Ele estava com o visual diferente após ter deixado a barba crescer e o cabelo ficar mais longo, além de usar óculos. A mudança em sua aparência seria um disfarce para dificultar sua identificação.
Após a prisão, o cirurgião deve ser transferido para o estado em que os crimes teriam acontecido. "O esperado é que esse médico seja recambiado para Minas nos próximos dias para cumprir sua pena", completou o capitão da PM.
Em nota, os advogados do médico afirmaram ter "convicção na inocência" dele. Ainda, ressaltaram que tentarão reverter a prisão de Hudson.
Outros inquéritos
Hudson atendia em uma clínica particular, localizada em Alfenas, e também na Santa Casa do município. Ele também é professor universitário e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
O suspeito responde a dois inquéritos por abuso sexual mediante fraude. Em um deles, de 2021, pelo menos três mulheres denunciaram situações constrangedoras durante consulta com ele.
Em outra investigação, encerrada em março de 2023, uma mulher acusou Hudson de abuso. Nesse caso, ele já foi indiciado e denunciado pelo Ministério Público do estado.