ANA: vazamento de ácido sulfúrico em rio no MA é discreto e irrelevante
Do UOL, em São Paulo
24/12/2024 18h58
O vazamento de ácido sulfúrico nas águas do rio Tocantins, ocorrido após colapso da ponte Juscelino Kubitschek, é considerado discreto e irrelevante pelo menos até agora, afirmou Viviane Brandão, superintendente da ANA (Agência Nacional de Águas), no UOL News, do Canal UOL, nesta terça-feira (24).
A informação que a gente tem até agora, com as análises [feitas], com as pessoas que estão lá, as ações do Corpo de Bombeiros e da Marinha, indicam que não há um vazamento importante e, se houver, é um vazamento discreto. Viviane Brandão, superintendente da ANA
A ponte que liga as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) desabou no último domingo (22). Vários veículos, motos e pelo menos três caminhões caíram no rio —os caminhões transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo. Ao menos quatro pessoas morreram vítimas do desabamento, outras doze seguem desaparecidas, incluindo duas crianças e o motorista de caminhão que transportava o ácido.
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A ANA tem como função fazer a gestão da rede hidrometeorológica que capta, junto com outros parceiros, informações como nível, vazão, a qualidade dos rios ou quantidade de chuvas. O órgão —ligado ao Ministério do Meio Ambiente— tem feito o monitoramento da qualidade do Rio Tocantins, onde ocorreu o colapso da ponte, através da Sema (Secretaria do Meio Ambiente do Maranhão), seu parceiro na região.
A Sema começou a fazer um monitoramento de madrugada. Eles usam uma sonda multiparamétrica, capaz de ver alguns indicadores do que está acontecendo. A sonda vai medir, por exemplo, o pH (indicador da acidez). E como o ácido sulfúrico é muito forte, quando e se houver esse vazamento, espera-se que aconteça essa alteração do pH. [O ácido sulfúrico] também provoca a alteração da temperatura da água. Esses dois parâmetros são medidos por essa sonda.
O monitoramento feito pela Sema indica que esses parâmetros não tiveram alterações no rio. Então, esses dois parâmetros não [apresentaram alterações], isso dá uma dica de que... se há um vazamento, ele não é importante ou relevante até agora. Quem está lá, entende que esse vazamento não está acontecendo de uma maneira importante. Viviane Brandão, superintendente da ANA
Andreza: 'rapidez de Moraes reforça discurso de bolsonaristas'
No UOL News, a colunista Andreza Matais disse que a rapidez do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que determinou a nova prisão do ex-deputado federal Daniel Silveira, pode ajudar a reforçar a narrativa da extrema direita.
Essa decisão [do Moraes] acaba ajudando um pouco o discurso dos bolsonaristas, de que há uma perseguição da parte do judiciário e que as coisas [contra eles] são muito rápidas. Andreza Matais, colunista do UOL
O ex-deputado Daniel Silveira —aliado de Bolsonaro— foi preso novamente pela Polícia Federal, no Rio de Janeiro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Silveira foi detido após descumprir o horário de recolhimento imposto como regra da liberdade condicional na última sexta-feira (20).
É claro que essa decisão do Alexandre de Moraes, na circunstância, foi dada poucas horas entre ele sair do hospital e chegar em casa. [Isso] acaba levantando a bola para os bolsonaristas e fazendo com que uma parte do eleitorado acabe desacreditando também um pouco do judiciário: 'será que está pegando no pé, será que não está?'
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