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PF prende ex-bombeiro em operação que investiga assassinato de Marielle

Gustavo Freitas, Caíque Alencar e André Nicolau

Do UOL e Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/07/2023 07h24Atualizada em 24/07/2023 11h03

A Polícia Federal prendeu hoje o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, em operação que investiga o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

O que aconteceu

Suel é amigo de Ronnie Lessa, policial militar reformado apontado como o responsável por matar Marielle, Anderson e pela tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Fernanda estava no mesmo carro que os dois no dia do crime.

Prisão foi possível após delação do ex-PM Élcio Queiroz. Preso desde 2019, ele confessou participação no crime e apontou Ronnie como o autor dos tiros, disse o ministro Flávio Dino (Justiça).

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Os investigadores também descobriram provas mostrando o envolvimento de mais pessoas no planejamento do crime. A colunista do UOL Juliana Dal Piva apurou que os investigadores descobriram que Maxwell participou de campanas para o planejamento do assassinato da vereadora.

Além de Suel, a PF também cumpriu sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. Os demais nomes ainda não foram informados.

A primeira fase da Operação Élpis apura os homicídios de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Élpis é a deusa da esperança.

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, confirmou a operação em seu Twitter. Em entrevista à Agência Pública no início do mês, o membro do governo chegou a afirmar que os próximo dias trariam novidades sobre o Caso Marielle.

O UOL busca a defesa do ex-bombeiro para esclarecimentos, mas até a publicação da reportagem não teve retorno. O espaço está aberto em caso de manifestações.

Por que Suel é suspeito?

Maxwell Simões Corrêa teria, segundo investigação do Ministério Público, atuado por obstruir as investigações sobre o assassinato. Em março deste ano o ex-bombeiro foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a seis anos e nove meses de prisão. Ele cumpria pena em regime aberto.

Segundo o MP, Suel teria ajudado Ronnie Lessa a esconder armas em um apartamento na zona oeste do Rio de Janeiro.

A PF ainda não esclareceu o motivo do mandado de prisão de hoje. A Polícia Federal e o Ministério da Justiça darão entrevistas sobre o assunto ainda nesta manhã.

PF faz buscas na casa de Maxwell Simões Corrêa, preso em investigação do caso Marielle Imagem: Reprodução/TV Globo

Caso Marielle

A vereadora do Rio Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros, em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no Centro do Rio.

Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos, apontados como autores dos homicídios — o primeiro teria atirado nas vítimas, e o segundo dirigia o carro que emparelhou com o da vereadora. Eles ainda não foram julgados, mas passarão por júri popular, em data ainda a ser definida pela Justiça do Rio.

Ainda não há sinalização sobre quem foi o mandante do crime. O primeiro inquérito, que concluiu a participação de Lessa e Queiroz, não conseguiu definir se eles agiram sozinhos ou a mando de alguém.

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