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Defesa diz que ex-aluna da Atlética não desviou dinheiro e diverge de valor

Bella Beatriz era tesoureira da atlética e recebia o dinheiro arrecadado por outros estudantes Imagem: Reprodução/Linkedin

Do UOL, em São Paulo

31/07/2023 16h00Atualizada em 01/08/2023 06h17

A ex-aluna de arquitetura do Mackenzie Bella Beatriz Bassi Chede Domingos, suspeita de desviar ao menos R$ 62 mil de estudantes da universidade, nega ter usado o dinheiro da conta e diverge do valor apontado pelos colegas.

O que aconteceu

A defesa de Bella afirma que o dinheiro ainda não foi devolvido, porque a atual gestão da atlética do Mackenzie não concorda com o valor que a ex-aluna diz ter em conta —a defesa se nega a dizer qual é a quantia.

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A acusação aponta que R$ 62 mil foram desviados e que nenhuma proposta de devolução foi feita por Bella. Deste valor, cerca de R$ 4 mil seriam da Atlética Acadêmica Arquitetura Mackenzie. Os mais de R$ 58 mil restantes seriam das demais associações ligadas ao InterFAU (competição esportiva universitária que envolve faculdades paulistas de arquitetura e urbanismo).

A jovem não confia na índole da atual gestão e só fará o pagamento mediante aceite formal e assinatura de recibo de quitação. Ou em juízo. Ela nunca se utilizou desse dinheiro."
Defesa da ex-aluna Bella Beatriz

As atléticas nunca se recusaram a receber os valores, afirma a advogada Simone Haidamus. "Se a aluna realmente quisesse devolver, ela poderia simplesmente depositar na conta e o recibo de depósito serviria como comprovante de pagamento, ou ainda, ela poderia ter ingressado com uma ação de consignação em pagamento e depositar o valor em juízo", afirma.

A defesa de Bella disse ainda que ela não foi oficialmente notificada e ficou sabendo do inquérito pela imprensa. Nos próximos dias, as vítimas devem ser ouvidas pela polícia.

A descoberta do desvio ocorreu com a chegada da nova equipe de gestão do InterFAU, em setembro do ano passado.

Toda a verba obtida para o evento em 2022 era transferida para a suspeita, que era tesoureira da atlética. Segundo a reportagem apurou, a estudante afirmou que abrir uma conta jurídica geraria taxas ou alegou também que a conta da atlética estava bloqueada. Por fim, recomendou o envio dos valores para sua conta pessoal.

A defesa de Bella afirma que a conta pessoal era usada com "conhecimento e anuência da presidente da gestão 2022". O objetivo era "economizar taxas bancárias e evitar a prática das gestões anteriores de pagamento único e exclusivamente em dinheiro vivo".

Viagem para Disney

Bella foi para Disney em novembro do ano passado e retornou ao Brasil em fevereiro de 2023. A viagem da ex-aluna chamou atenção das vítimas por ter ocorrido semanas após a primeira reunião que foi descoberto o roubo do dinheiro.

Durante o período de Bella na Disney, as vítimas teriam tentado contato com ela para receber o dinheiro — o que também não ocorreu.

A defesa alega que "não há versão" sobre a viagem. "Ela foi selecionada no programa de intercâmbio do parque temático em Orlando (EUA) e, com a ajuda de amigos e parentes, além do próprio salário, viajou e passou uma temporada trabalhando muito", afirma.

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