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Bolsonarista que matou petista em Foz do Iguaçu vai a júri em dezembro

O guarda municipal Marcelo Arruda (à esq.) foi morto a tiros pelo policial penal Jorge Guaranho Imagem: Arte/UOL

Do UOL, em São Paulo

16/08/2023 11h08

O policial penal Jorge Guaranho, que matou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda enquanto a vítima comemorava o aniversário de 50 anos em 9 de julho de 2022 com uma festa temática do PT, em Foz do Iguaçu (PR), vai a júri popular no dia 7 de dezembro.

O que aconteceu

A decisão foi assinada ontem pelo juiz Hugo Michelini Júnior. O magistrado definiu ainda que o sorteio dos jurados ocorrerá no dia 20 de novembro de forma virtual, pouco mais de duas semanas antes do júri.

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A Justiça do Paraná aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou Guaranho réu por homicídio duplamente qualificado em julho de 2022. O policial penal invadiu a festa de Arruda para atirar em um crime com motivação política, segundo o MP. O atirador bolsonarista também foi baleado pelo petista na ação, mas resistiu aos ferimentos e está preso, enquanto aguarda o julgamento. A ação foi gravada.

Pâmela Suellen Silva, que ficou viúva após a morte de Arruda, diz que quer condenação máxima ao atirador. "Por toda a dor que fez e está fazendo a família passar. Por tirar a oportunidade dos filhos de conviver com o pai, por interromper com a convivência de uma pessoa agradável, boa e alegre que era o Marcelo", disse ao UOL.

Ao se posicionar sobre o caso, a defesa da família citou os ataques violentos sofridos por apoiadores do PT no período eleitoral de 2022. "O caso alcançou repercussão nacional e internacional, esperando a família que casos como este não mais se repitam, com a realização da mais pedagógica Justiça", disse um dos trechos da nota assinada pelo advogado Daniel Godoy.

Os representantes legais do policial penal alegam inocência e pedem a absolvição de Guaranho. "A defesa entende que é importante que ele seja logo julgado pelo Tribunal do Júri, para que possa provar a sua inocência e ser reparada a injustiça de sua prisão".

O que se sabe sobre o caso

O agente penitenciário Jorge Guaranho era apoiador de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi à entrada da festa para "provocar" os participantes com gritos de apoio ao então presidente e críticas aos petistas, aponta a investigação.

Após desentendimento, Guaranho deixou o local e retornou em seguida para atirar. O guarda municipal Marcelo Arruda revidou aos disparos, como mostram imagens das câmeras de segurança. Guaranho foi atingido por seis tiros.

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