Jovem vendeu carro de homem após matar e colocar corpo em mala, diz polícia

Um homem assassinado a marteladas e que teve o corpo colocado em uma mala teve desentendimento com um garoto de programa num encontro marcado por aplicativo em Curitiba, segundo a Polícia Civil. Após enterrar o cadáver em Piraquara, na região metropolitana da capital paranaense, o suspeito vendeu o carro da vítima pela internet. Ele foi preso em flagrante na segunda-feira (21).

O que aconteceu

O garoto de programa Lucas Mateus Cunha, 21, confessou e deu detalhes do crime em depoimento à Polícia Civil. Ele disse ter assassinado a vítima com marteladas na cabeça na noite de 17 de agosto após consumirem cocaína e terem tido um desentendimento.

Ronieverson Pedroso Lopes, 36, foi ao sobrado onde o suspeito morava na capital paranaense após combinar encontro por um aplicativo de relacionamentos. A Polícia Civil identificou Lucas após rastrear as conversas e as fotos do suspeito no computador da vítima.

Lucas disse em depoimento ter colocado o corpo em uma mala, que escondeu no próprio carro da vítima, estacionado nas imediações do local onde o suspeito morava. Na manhã seguinte, contou ter seguido até uma área de mata em Piraquara, onde enterrou o cadáver. O corpo foi localizado com o auxílio do jovem.

Após o crime, ele confessou ter vendido rapidamente o veículo da vítima pela internet por um valor bem abaixo do mercado. O veículo foi localizado pela Polícia Civil em Ponta Grossa, a 116 km de Curitiba, com a pessoa para quem ele vendeu o carro.

O suspeito disse o que aconteceu e como matou. Depois, indicou o local onde havia enterrado o corpo.
Iara Dechiche, delegada da Polícia Civil responsável pela investigação

Lucas levou a vítima para o sobrado onde morava, em um bairro de classe média de Curitiba. Ele vivia no imóvel da companheira e com a filha dela, de cinco anos. Ouvida pela Polícia Civil, a mulher disse que não sabia que Lucas se relacionava com homens e que trabalhava como garoto de programa.

Os investigadores encontraram vestígios de sangue no porta-malas do veículo. A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do jovem à Justiça por homicídio e ocultação de cadáver. A investigação será finalizada após a conclusão do exame de IML e do laudo no local do crime. O UOL não localizou a defesa de Lucas.

O corpo de Ronieverson foi enterrado na manhã de hoje na cidade de Dois Vizinhos (PR), onde morava a família da vítima.

Continua após a publicidade
Ronieverson Pedroso Lopes tinha 36 anos
Ronieverson Pedroso Lopes tinha 36 anos Imagem: Reprodução/Rede social

O que se sabe do caso

Ronieverson foi visto pela última vez no fim da tarde de 17 de agosto, horas antes do crime, após sair de casa de carro. "Ele saiu muito agitado após algumas ligações pelo WhatsApp", disse a irmã da vítima.

A vítima era servidor do Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná) de Curitiba. O órgão pertence à Sesa (Secretaria de Estado de Saúde). Ele atuava como promotor de saúde, segundo consulta ao Portal da Transparência do estado.

A página do Hemepar lamentou a morte do funcionário em postagem no Instagram e exaltou o trabalho dele.

Deixe seu comentário

Só para assinantes