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Dentista suspeito de estuprar paciente em consultório no DF é solto

Gustavo Najjar Imagem: Reprodução/Instagram @drgustavonajjar

Do UOL, em São Paulo

29/09/2023 13h48Atualizada em 29/09/2023 13h55

O dentista Gustavo Najjar, suspeito de estuprar uma paciente em seu consultório em Brasília, foi solto nesta quarta-feira (27).

O que aconteceu:

A decisão, revogando a prisão temporária do dentista, é do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios). Outras informações não foram divulgadas porque o processo corre em segredo de justiça.

Gustavo Najjar estava preso desde 12 de setembro na DCCP (Divisão de Controle e Custódia de Presos), em Brasília. Ele foi indiciado pelo crime de estupro e, caso condenado, pode receber uma pena de 6 a 10 anos de prisão.

No último dia 23, a Polícia Civil do Distrito Federal confirmou que o DNA encontrado no corpo da mulher que acusa o dentista de estupro é de Gustavo Najjar. Em nota, a polícia afirma que a análise do IML (Instituto Médico Legal) "atestou que o material biológico coletado na vítima de estupro possuía DNA idêntico ao do investigado".

O UOL não conseguiu localizar a defesa de Gustavo Najjar. O espaço está aberto para manifestação.

Entenda o caso

O dentista foi preso no dia 12 de setembro por suspeita de estuprar uma mulher dentro do consultório em Brasília (DF). O crime teria ocorrido em 17 de agosto.

A vítima disse à polícia que o dentista se dizia especialista em harmonização facial. Ela afirmou que, depois de ser elogiada por ele, foi convidada para ir ao consultório para realizar uma avaliação clínica.

A vítima contou que o dentista marcou a consulta para o fim do expediente. Não havia mais secretária no local. Em certo momento, segundo relato feito à polícia, o dentista começou a ser violento.

A mulher disse ainda que tentou pedir ajuda, mas não conseguiu. Após o estupro, o dentista ainda teria falado sobre os procedimentos estéticos que a vítima poderia fazer.

Ao sair do local, a mulher contou o que aconteceu ao ex-marido e eles foram a uma delegacia registrar a ocorrência. A mulher foi encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo de delito, que constatou que o zíper da calça estava arrebentado.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos.

O exame pode produzir provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial. Pode ser feito a qualquer tempo depois do crime. Mas, por se tratar de provas que podem desaparecer, recomenda-se que o exame seja feito o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o telefone 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados.

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