Fotógrafa morre após passar mal com anestesia de procedimento estético
Do UOL, em São Paulo
14/10/2023 22h21Atualizada em 15/10/2023 16h17
Uma fotógrafa morreu na última sexta-feira, quatro dias após dar entrada para um procedimento estético em uma clínica na cidade de Cosmópolis, no interior de São Paulo. Roberta Corrêa tinha 44 anos e deixa dois filhos.
O que aconteceu
Roberta desmaiou e teve uma parada cardíaca após receber a anestesia, segundo o relato de Paola Eliza de Paula, prima de Roberta, à EPTV (afiliada da Globo na região).
Ela começou a sentir um calafrio e, pelo que a gente sabe, a esteticista falou que era normal. Começou o procedimento, logo em seguida a Roberta começou a sentir dores ou convulsionando. Ela pediu para parar, parar, parar, não segurá-la, mas não tinha ninguém segurando. Foi quando ela parou, desmaiou e teve a parada cardíaca.
Paola, prima de Roberta, à EPTV
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Roberta faria um procedimento chamado endolaser, que usa laser para reduzir gordura localizada, informou a prima.
A família da fotógrafa acusa a clínica de negligência. Segundo Paola, a esteticista demorou para chamar uma ambulância, prestar socorro e levar Roberta para um hospital. A mulher morreu na Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis.
A causa do óbito foi registrada como "morte cerebral", conforme o relato da prima. Paola disse à EPTV que um eletroencefalograma feito no hospital na sexta não detectou nenhuma movimentação de sangue e nem atividade cerebral.
Responsável pelo procedimento, a biomédica disse à EPTV que a fotógrafa preencheu todos os formulários exigidos em lei, mas o procedimento "sequer começou", já que Roberta passou mal ainda na aplicação da anestesia. Segundo a biomédica, o socorro foi prestado imediatamente.
Em nota, a prefeitura de Cosmópolis lamentou a morte de Roberta, a quem chamou de "estimada cosmopolense".
A Polícia Civil de São Paulo disse que investiga o caso, registrado como "morte suspeita e homicídio". A Delegacia de Cosmópolis, responsável pelo inquérito, solicitou exames periciais para determinar as causas do óbito. Até o momento, ninguém foi preso.