'Fui cobrar R$ 5 por um salgado e acabei agredida e ameaçada de morte'
Jéssica Nascimento
Colaboração para o UOL, de Brasília
01/11/2023 04h00
Dona de uma lanchonete em Aparecida de Goiânia (GO), Sandra Maria Souza, de 50 anos, conta que acabou agredida e com hematomas pelo corpo depois de cobrar o pagamento de um salgado de R$ 5. O caso aconteceu no sábado (28), e a Polícia Civil de Goiás investiga a agressão.
"Estou com o rosto e os braços roxos, ele quebrou meus óculos e ainda me ameaçou de morte. Quero justiça", disse a empresária ao UOL.
A abordagem foi registrada por câmeras de segurança do estabelecimento. Por volta das 11 horas, um homem chegou à lanchonete de Sandra. "Me pediu um salgado e perguntou o valor. Eu respondi que era R$ 5", diz.
"Depois que ele comeu, ele disse que não ia pagar e que, se eu quisesse, podia até chamar a polícia. Eu pedi então para que a minha funcionária ligasse para o 190. Foi quando ele tentou correr e eu o segurei. Neste momento, as agressões começaram."
Sandra diz que passou momentos de terror com o cliente. Levou socos no rosto e nos braços e também foi jogada contra a parede.
As imagens das câmeras de segurança mostram o homem —que está de boné, camisa e bermuda amarela— golpeando pelo menos quatro vezes a empresária, que tenta se defender empurrando o agressor.
"Depois de me agredir e me ameaçar de morte, ele tentou fugir com uma bicicleta. Mas havia uma mochila presa na bicicleta e eu consegui pegá-la e jogá-la dentro da lanchonete e disse: 'Só te devolvo se você pagar o salgado'", lembra Sandra.
"Ele então abriu a carteira e tirou o dinheiro. Isso me doeu. Tinha muito mais do que R$ 5 ali. Ele consumiu e se recusou a pagar, tudo isso porque era uma mulher que estava atrás do balcão atendendo. Isso se chama covardia."
Desde o episódio de agressão, Sandra diz que não está conseguindo trabalhar e nem dormir direito.
Investigação
Ao UOL, a Polícia Civil de Goiás disse que o caso está sendo investigado pelo 1.º DP de Aparecida de Goiânia, depois que Sandra registrou um boletim de ocorrência e passou por um exame de corpo de delito.
Segundo o delegado Igor Caetano, responsável pela investigação, o caso poderá ser tratado como lesão corporal, ameaça e outras fraudes.
A reportagem tentou localizar o suspeito de agressão por meio da Polícia Civil, mas não conseguiu contato. O texto será atualizado se houver manifestação.