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Polícia reforça segurança em comunidades judaicas e palestinas de São Paulo

Entrega de carros da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), do 1º Batalhão de Policiamento de Choque da PM, no centro de São Paulo Imagem: Moacyr Lopes Junior/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

15/11/2023 13h21Atualizada em 15/11/2023 14h03

A Polícia Militar afirmou que intensificou o policiamento nas comunidades judaico-israelenses e palestinas de São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. A pasta, porém, não deu detalhes sobre como ocorrerão as ações.

O que aconteceu

A medida visa garantir a segurança das comunidades localizadas em São Paulo em meio ao acirramento do conflito entre Israel e Hamas. "Esta ação tem como objetivo garantir a segurança e tranquilidade dessas comunidades, promovendo um ambiente seguro para todos os residentes", afirmou a secretaria.

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A secretaria disse ainda que a Polícia Militar realiza as operações Impacto, Visibilidade, Saturação e Pinçamento. Segundo a pasta, a presença policial em áreas de intensa movimentação está reforçada.

Prisões de suspeitos de envolvimento em atos extremistas

A Polícia Federal prendeu na semana passada duas pessoas durante uma operação contra planejamento de atos extremistas no Brasil. Segundo a PF, brasileiros foram recrutados pelo Hezbollah e eram financiados pela organização.

As duas prisões temporárias foram em São Paulo. Segundo a PF, também foram cumpridos mais 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal.

Há outros dois brasileiros alvos de pedido de prisão que estão no Líbano — a PF acionou a Interpol para tentar prendê-los. Os dois foram incluídos na lista vermelha da Polícia Internacional após a operação ser deflagrada hoje no Brasil

A ação da PF mirou pessoas suspeitas de atuar como recrutadores de brasileiros.

Segundo apurou UOL, a investigação da PF apontou que o objetivo do grupo era atacar prédios da comunidade judaica no Brasil, incluindo sinagogas. Os alvos podem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo.

O que dizem os representantes das comunidades

Há um processo continuado de Islamofobia no Brasil, segundo o presidente da Federação Árabe Palestina no Brasil, Ualid Rabah. "O que aumentou foi o grau de violência verbal daqueles que já são islamofóbicos, palestinofóbicos, arabofóbicos. Também aumentaram as ameaças nas redes sociais provocadas por setores extremistas."

Rabah condenou a criminalização de comunidades árabes e palestinas no Brasil. "A invenção de que há movimentos terroristas aqui no Brasil não passa de uma armação que visou criminalizar comunidades árabes."

Quem está promovendo, por ventura, perigos para a comunidade judaica não são os palestinos, brasileiros palestinos, nem árabes, menos ainda os muçulmanos.
Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil

O UOL procurou a Federação Israelita do Estado de São Paulo e o Consulado de Israel para comentar as ações da Polícia Militar, mas não obteve retorno.

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