Cão dado como morto por pet shop aparece vivo após dias; polícia investiga
Do UOL, em São Paulo
04/12/2023 10h35Atualizada em 05/12/2023 10h04
Um cão da raça yorkshire dado como morto pelos donos de um pet shop apareceu vivo dias depois em Bagé (RS). A polícia investiga o caso.
O que aconteceu
Os donos de Flash, de 13 anos, foram informados que o cão tinha morrido. Eles deixaram o animal no estabelecimento em 17 de novembro para fazer uma viagem de uma semana.
Flash teria se assustado durante uma tempestade e infartado, disse a veterinária aos tutores. A informação é do boletim de ocorrência registrado na polícia e também foi confirmada ao UOL pelo tutor do animal, Augusto Xavier.
Um saco com o que seria o corpo do animal foi entregue a um funcionário de uma propriedade da família para que ele fosse enterrado. O enterro em questão foi acompanhado pela veterinária, segundo o tutor de Flash.
O animal foi desenterrado depois que a família desconfiou que algo estava errado quando a dona do pet shop não quis devolver a coleira do animal. Segundo o tutor, dentro do saco foram encontrados materiais orgânicos de outros animais, como pedras vesiculares e órgãos.
A família usou as redes sociais para informar sobre o desaparecimento do animal e o recebeu de volta. Na última quarta-feira (29), uma mulher entrou em contato com os tutores afirmando ter encontrado o yorkshire.
A pessoa, que não foi identificada, afirmou que encontrou o animal no dia 24 e deu abrigo a ele desde então. Ela chegou a procurar o pet shop informando do aparecimento, segundo relato do tutor de Flash.
A pessoa que encontrou ele ligou para a pet shop e foi orientada a tirar o lenço dele, tirar a coleira dele, queimar e ficar com o cachorro, já que ela [responsável pelo pet shop] já tinha dado o cachorro como morto.
Augusto Xavier, tutor de Flash, ao UOL
O que diz o pet shop
A proprietária do estabelecimento afirmou que aguarda investigação policial e não vai se posicionar.
Aguardamos a investigação da autoridade Policial, cuja orientação foi aguardar conclusão da oitiva de todos envolvidos. Por esses motivos - não tenho nenhuma declaração a prestar.
Pet Shop, em nota enviada ao UOL
O delegado responsável pelo caso, Caio Iamamura, afirmou que a suspeita prestou depoimento na DPPA (Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento) de Bagé. As investigações continuam.